Atentado na Síria mata 9 e deixa mais de 100 feridos
Carro-bomba explodiu em cidade do leste do país; maioria das vítimas é civil
Pelo menos nove pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas em um atentado com carro-bomba cometido neste sábado na cidade de Deir ez-Zor, no leste da Síria, informa a agência oficial de notícias Sana.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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O veículo continha cerca de mil quilos de explosivos. Os danos materiais alcançaram um raio de 100 metros no bairro de Ghazi Masaken Ayash. Entre os mortos figuram civis e um guarda de segurança do complexo militar situado na área, para onde se deslocou uma equipe de observadores da ONU para inspecionar as circunstâncias do atentado.
Estragos – Uma testemunha disse à Sana que o terrorista detonou um veículo em um prédio da Empresa de Construções Militares, o que deixou um buraco de mais de dois metros de profundidade. Uma grande coluna de fumaça se elevou no local, onde foram registrados vários danos em edifícios e veículos, segundo as imagens divulgadas pela televisão síria.
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Responsáveis – O Conselho Nacional Sírio (CNS) – principal órgão da oposição síria no exílio – condenou neste sábado o atentado suicida cometido em Deir ez-Zor e acusou o regime de estar por trás do incidente. “Cremos que este atentado criminoso faz parte de um plano do regime para propagar o caos na Síria, depois do fracasso em sua repressão ao povo”, declarou o dirigente do CNS Basma Qadmani.
A organização negou o envolvimento de grupos opositores sírios no ataque e pediu a criação de uma equipe internacional de investigação para determinar os responsáveis.
O atentado deste sábado ocorre nove dias após pelo menos 55 pessoas morrerem na explosão de dois carros-bomba na periferia de Damasco, o que representou o atentado mais sangrento desde o início dos protestos populares contra o regime do presidente Bashar Assad, em março de 2011.
(Com agência EFE)