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Até 1 mil europeus estão desaparecidos após terremoto no Nepal

Informação foi confirmada pelo chefe da delegação europeia no país. Nepal promove cremações de corpos não reclamados para liberar espaço nos necrotérios superlotados

Por Da Redação
1 Maio 2015, 12h08

Quase uma semana após o forte terremoto no Nepal, o chefe da delegação da União Europeia (UE) no país informou nesta sexta-feira que até 1.000 europeus estão entre os desaparecidos, principalmente em rotas de trilhas de aventura populares. “Nós não sabemos onde eles estão ou poderiam estar”, disse o embaixador Rensje Teerink a repórteres. Autoridades disseram que é difícil rastrear os desaparecidos, porque muitos mochileiros ficam hospedados em pequenos albergues ou mesmo campings, locais sem muito controle no registro de hóspedes.

Autoridades nepalesas e estrangeiras se esforçavam nesta sexta para localizar milhares de pessoas que continuam desaparecidas depois do terremoto na semana passada, com alimentos e outros suprimentos de emergência começando a chegar em partes remotas do Nepal. O número de pessoas desaparecidas da França, Itália e Espanha é de 221, de acordo com verificações da agência Reuters feitas com esses governos, enquanto que outras nações europeias ainda estão trabalhando para fornecer um número atualizado de quantos de seus cidadãos estão desaparecidos.

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O ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, informou que 59 espanhóis continuam sem ser localizados no Nepal, nove deles na zona “gravemente afetada”. Nesta tarde vai para o Nepal em um voo comercial uma equipe da Guarda Civil espanhola composto de cinco pessoas cuja tarefa prioritária é viajar para zona montanhosa de Lukla, conhecida como a porta ao Everest, para fazer todo o possível para localizar os espanhóis.

O número de mortos confirmados do desastre de sábado passado subiu para 6.250, com 14.357 feridos, segundo o governo. Não existe um número para desaparecidos, mas corpos ainda estão sendo retirados dos escombros de prédios em ruínas e as equipes de resgate não têm sido capazes de chegar a algumas áreas remotas. Na capital Katmandu, muitos corpos não reclamados foram sendo rapidamente cremados por causa da superlotação nos necrotérios.

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Vilas devastadas – Sobreviventes do terremoto procedentes das áreas mais devastadas do país contaram nesta sexta como foram abandonados à própria sorte depois que perderam familiares e os bens na tragédia. À medida que as equipes de emergência conseguem acesso às localidades mais remotas nas montanhas, a dimensão da tragédia aumenta. A região de Sindhupalchowk, ao nordeste da capital Katmandu, foi particularmente afetada pelo terremoto do sábado passado.

“Uma das equipes que retornou de Shautara, no distrito de Sindupalchowk, uma região montanhosa ao nordeste de Katmandu, informou que 90% das casas foram destruídas”, disse Jagan Chapagain, diretor regional da Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha (FISCR). “O hospital desabou e as pessoas usaram as próprias mãos para retirar os escombros, na esperança de encontrar sobreviventes”, completou.

“Praticamente todas as casas do meu vilarejo foram destruídas e morreram vinte pessoas. Perdemos todo o gado”, relatou Kumar Ghorasainee, um professor de inglês, em meio às ruínas de Melamchi. A escola desabou e as crianças não têm para onde ir, disse. “Ninguém veio nos ajudar. Os caminhões e os carros passam sem parar. O que vamos fazer?”, questiona, angustiado.

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(Da redação)

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