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Ataques dos EUA a alvos do Irã deixaram 39 mortos no Iraque e na Síria

Bombardeios foram realizados como retaliação por morte de três soldados americanos na Jordânia; governo iraquiano diz que há civis entre as vítimas

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h33 - Publicado em 3 fev 2024, 14h13
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  • Os ataques a alvos ligados ao Irã no Iraque e na Síria realizados pelos Estados Unidos na sexta-feira, 2, causaram ao menos 39 mortes, segundo balanços de representantes do governo e entidades de Direitos Humanos divulgados neste sábado, 3. Em comunicado, a presidência do Iraque afirmou que a ofensiva “resultou na morte de muitos cidadãos iraquianos” e citou feridos, mas não informou o número de civis que estão entre as vítimas.

    Os bombardeios a centros de comando e de inteligência, além de instalações de abastecimento e logística pertencentes à Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), à brigada Al-Quds e a milícias associadas ao Irã, totalizando 85 alvos, foram uma retaliação pela morte de três soldados americanos na Jordânia em um ataque com drone no último domingo, 28.

    Em seu site, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que 23 pessoas morreram na província de Deir ez-Zor e na cidade de Al-Mayadeen após os ataques aéreos americanos, número contabilizado por integrantes de milícias apoiadas pelo Irã que fizeram o recolhimento dos corpos. A entidade informou que houve reposicionamento das milicias iranianas e evacuação de posições por medo de novos bombardeios. De acordo com o observatório, o Irã tem ao menos 20 mil combatentes na região, incluindo sírios.

    Reunião emergencial

    No Iraque, segundo o gabinete do primeiro-ministro Mohammed Shia al-Sudani, há civis entre os 16 mortos e 25 pessoas ficaram feridas. A presidência do país declarou que os “ataques agravam ainda mais as tensões e ameaçam a segurança e a estabilidade regionais” e convocou uma reunião emergencial para debater a situação.

    “À luz destes graves desenvolvimentos, apelamos a uma reunião de emergência para discutir estes desenvolvimentos e as suas repercussões com a presidência e todos os blocos políticos, a fim de estabelecer posições claras e unificadas para manter a dignidade, soberania e segurança do nosso país e dos seus cidadãos.”

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    Na noite desta sexta, 2, o presidente americano Joe Biden publicou no X, antigo Twitter, que os ataques aos alvos iranianos ocorreram sob sua orientação e afirmou que o país não tem o objetivo de iniciar confrontos, mas que vai reagir a ataques.

    “Não procuramos conflitos no Médio Oriente ou em qualquer outro lugar do mundo. Mas para todos aqueles que procuram nos fazer mal: nós responderemos.” /Com agências internacionais

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