As forças militares dos Estados Unidos informaram ter matado mais de 100 terroristas islâmicos na Somália nesta terça-feira quando realizaram um ataque aéreo contra o Al Shabab, um grupo insurgente ligado à Al Qaeda e que busca derrubar o governo apoiado pela Organização das Nações Unidas.
O Comando dos Estados Unidos para a África informou que o ataque foi realizado em um acampamento a 200 quilômetros da capital, Mogadíscio, e que os americanos irão continuar mirando os militantes. O ataque foi feito em coordenação com o governo federal da Somália, segundo o Pentágono.
Ataques aéreos dos EUA matando um número tão alto de militantes na Somália são raros, mas não inéditos. Em março de 2016, um ataque aéreo americano matou mais de 150 combatentes do Al Shabab na Somália.
A agência de notícias estatal da Somália, Sonna, relatou posteriormente nesta terça-feira que o ataque com aviões americanos e soldados somali foi realizado nas bases do Al Shabab na área de Bur Elay, na região de Bay. O porta-voz do grupo terrorista, Abdiasis Abu Musab, negou o ataque. “Isto é somente propaganda”, disse à Reuters na Somália.
O Al Shabab luta para derrubar o governo federal de transição da Somália, apoiado pelo Ocidente, e impor seu próprio regime no país do Chifre da África. Mais cedo neste mês, os Estados Unidos alertaram sobre uma ameaça a seus funcionários diplomáticos em Mogadíscio e direcionaram todos os funcionários não essenciais a deixarem a capital.
O Al Shabab perdeu controle da maior parte das cidades da Somália desde que foi afastado de Mogadíscio em 2011, mas o grupo ainda possui uma forte presença em partes do sul e do centro e realiza ataques a tiros e bombas. O governo acusa o grupo de ser responsável pelo ataque que deixou mais de 300 mortos na capital em outubro.