Uma pessoa morreu e outra ficou ferida neste domingo em um tiroteio em um colégio eleitoral da cidade de Novoaydar, na região rebelde de Lugansk, no leste da Ucrânia, que concentra militantes pró-Rússia – que boicotam as eleições presidenciais. Um porta-voz da autoproclamada república popular acusou soldados leais a Kiev pelos disparos contra dois membros de uma comissão eleitoral que teriam se negado a abrir um centro de votação.
Para enteder o assunto:
A eleição presidencial ucraniana é considerada uma dos mais importantes e disputadas desde que o país ganhou independência da Rússia, há 23 anos. Conflitos e violência marcam a ida às urnas. Separatistas armados pró-Rússia interromperam outras votações em regiões orientais da antiga república soviética. Integrantes do leste ameaçam arruinar a votação. O pleito é boicotado também por insurgentes da região de Donetsk.
Os primeiros levantamentos apontam para um alto comparecimento da população às urnas. Os principais candidatos, incluindo o magnata do chocolate Petro Poroshenko, apontado como favorito, prometem estreitar laços com o Ocidente, desafiando o presidente russo, Vladimir Putin.
Cerca de 35 milhões de ucranianos devem comparecer à votação pelos cálculos do governo. O pleito, que ocorre seis meses após o início dos protestos que levaram à queda do presidente Viktor Yanukovych, líder pró-Rússia, pretende unificar o país dividido. Ou, ao menos, minimizar a polarização.
A votação começou na maior parte da Ucrânia às 2h (no horário de Brasília) e terminará às 14h. Se a Ucrânia conseguir eleger um presidente em um processo eleitoral democrático e transparente, os argumentos russos de que o país tem um governo “ilegítimo” podem perder força.
(Com Estadão Conteúdo e Agência EFE)