O governo da Argentina expressou nesta quarta-feira que “respeita” o “processo institucional” do Brasil após Dilma Rousseff ser destituída pelo Senado e manifestou o “desejo” de “continuar” a trabalhar com o governo do agora presidente efetivado, Michel Temer.
“Perante os fatos registrados hoje no Brasil, o governo argentino manifesta que respeita o processo institucional verificado no país irmão”, afirma um comunicado divulgado pela Chancelaria argentina.
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Além disso, o governo presidido por Mauricio Macri “reafirma sua vontade” de continuar “pelo caminho de uma real e efetiva integração” no marco do “absoluto respeito aos direitos humanos, às instituições democráticas e ao direito internacional”.
“Neste sentido, a Argentina renova seu desejo de continuar trabalhando com o governo do Brasil para a resolução dos temas de mútuo interesse das agendas bilateral, regional e multilateral, assim como para o fortalecimento do Mercosul”, conclui o comunicado.
Crítica kirchnerista
Por outro lado, a ex-presidente argentina Cristina Kirchner classificou o impeachment de Dilma como a consumação de um “golpe institucional” e uma “nova forma de violentar a soberania popular”.
“A América do Sul outra vez é laboratório da direita mais extrema. Nosso coração junto com o povo brasileiro, Dilma, Lula (da Silva) e os companheiros do PT (Partido dos Trabalhadores)”, escreveu Cristina em sua conta no Twitter.
Estados Unidos
O porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, afirmou nesta quarta que os Estados Unidos confiam que as fortes relações bilaterais com o Brasil continuarão, mesmo após a cassação do mandato de Dilma Rousseff. Kirby também disse a jornalistas que as instituições democráticas do Brasil agiram dentro da estrutura constitucional do país.
O Senado brasileiro destituiu Dilma Rousseff nesta quarta-feira por 61 votos a favor e 20 contra, em decisão que também confirma como presidente Michel Temer, que seguirá no poder até o dia 1º de janeiro de 2019.
(Com EFE)