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Após massacre, associação pede seguranças armados em escolas

Proposta da influente Associação Nacional do Rifle surge como resposta aos esforços de Barack Obama em aprovar lei de controle a venda e posse de armas

Por Da Redação
21 dez 2012, 15h42

Uma semana após o massacre em Newtown, Connecticut, a Associação Nacional do Rifle dos Estados Unidos, que tem quatro milhões de membros, afirmou nesta sexta-feira que as escolas americanas precisam de mais guardas armados. A declaração é uma resposta aos esforços do presidente Barack Obama de encaminhar um projeto de lei que controle a venda de armas no país, onde a Constituição garante o direito de portar armas.

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“A única coisa que pode impedir um cara mau com uma arma é um cara bom com uma arma”, disse Wayne LaPierre, chefe executivo da Associação Nacional do Rifle, sublinhando que bancos e aeroportos são patrulhados por guardas armados, enquanto as escolas não são.

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As declarações de LaPierre, na primeira entrevista coletiva da associação depois do massacre, foram interrompidas duas vezes por manifestantes que gritavam “parem com a matança”. Ele disse que a imprensa e os jogos violentos de vídeo games compartilham a responsabilidade com as empresas de armas pela tragédia que deixou 20 crianças e seis adultos mortos, além do próprio atirador, Adam Lanza, e sua mãe, que foi assassinada antes que o jovem de 20 anos se dirigisse à escola.

“Cinco anos atrás, depois da tragédia em Virginia Tech, quando eu disse que nós devíamos colocar seguranças armados em cada escola, a imprensa me chamou de louco. Mas o que teria acontecido se Adam Lanza, ao começar a atirar na escola Sandy Hook, na última sexta, tivesse sido confrontado por um segurança armado qualificado? Vocês admitem ao menos que seria possível que aquelas 26 vidas inocentes talvez tivessem sido poupadas aquele dia?”, disse La Pierre.

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As críticas às declarações não tardaram a surgir. O senador Frank R. Lautenberg, democrata de Nova Jersey, divulgou um comunicado logo depois da entrevista da associação. “É inacreditável que, depois da tragédia em Newtown, os chefes da Associação Nacional do Rifle queiram encher nossas comunidades com armas”, diz o texto. “A associação aponta o dedo para todos os lugares, mas não pode escapar dos devastadores efeitos de seus comentários negligentes e de suas táticas de lobby irresponsáveis”.

O deputado Mike Thompson, democrata da Califórnia, foi outro a criticar. “Todo mundo concorda que nossas escolas, cinemas e shoppings, ruas e comunidades precisam ser mais seguras. Mas precisamos de uma abordagem que vá além de apenas armar mais pessoas”.

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Enquanto isso, também nesta sexta-feira, os sinos das igrejas de Newtown tocaram 26 badaladas, às 9h30 da manhã (12h30 no horário de Brasília), o mesmo horário do massacre na semana passada, em memória às vítimas. Os moradores interromperam suas atividades e foram para as ruas para lembrar as vítimas e observar um minuto de silêncio.

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