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Após ataque, clima em Paris é de perplexidade e comoção

Brasileira relata pânico logo após atentado contra revista satírica 'Charlie Hebdo'. Terroristas deixaram doze mortos e cinco feridos em estado grave

Por Daniela Fetzner, de Paris
7 jan 2015, 16h28
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  • Horas depois do atentado à redação da revista satírica Charlie Hebdo, que deixou doze mortos e cinco feridos em estado grave, o clima no 11º distrito de Paris é de choque e comoção. Em torno do bloqueio policial que isola a área do ataque terrorista e onde a perícia continua trabalhando, vizinhos e curiosos enchem as ruas ao lado da imprensa internacional. “Esta zona é normalmente bastante calma, nunca vi tanta gente aqui”, diz Manuel Godefrey, que trabalha em um café próximo à sede do Charlie Hebdo e chegou pouco depois do atentado.

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    A brasileira Jucilaine Barrault, que mora a poucos metros do prédio onde funciona a revista, estava em casa no momento do atentado e disse ter ouvido o barulho dos tiros. Da janela, ela viu dois homens encapuzados entrarem em um carro e fugirem. “Logo começou o pânico, com pessoas correndo de um lado para outro, muito assustadas, e policiais que chegavam”, contou. “Fiquei preocupada com meu filho, que estava saindo da escola e chegaria logo em casa, e pedi para que meu marido fosse buscá-lo”, disse Jucilaine. Morando há poucos meses no bairro, ela via com frequência uma viatura da polícia parada em frente ao prédio onde funciona a redação do Charlie Hebdo, que estava sob proteção policial desde 2006.

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    Outra moradora do bairro, que não quis se identificar, também viu os terroristas saindo do prédio. “Moro aqui há dezenove anos e tinha medo que isso pudesse acontecer um dia, depois de tantas ameaças”, disse. A preocupação com a segurança era frequente e ela afirma ter notado, há três dias, a presença de um novo morador de rua que passava a noite próximo ao prédio do Charlie Hebdo. “Era um rapaz com boa aparência, não parecia mendigo”, disse, sugerindo que ele pudesse ter alguma relação com os terroristas.

    A cabeleireira Christine Marchina, que trabalha há dez anos no bairro, não sabia que a sede da revista satírica ficava ali, mesmo já tendo notado a presença constante da polícia. “Não se fala de outra coisa hoje, estamos todos chocados”, disse.

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    Nesta noite, milhares de manifestantes estão reunidos na Place de la République, em Paris, para prestar homenagem às vítimas do atentado. Outras manifestações estão previstas em todo o país.

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