Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Apenas um terço dos jovens sul-coreanos tem visão positiva sobre casamento

Pesquisa feita pelo governo é alerta para país que já enfrenta baixas taxas de natalidade e envelhecimento acelerado

Por Da Redação
30 ago 2023, 10h19
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um novo relatório do governo da Coreia do Sul revelou que apenas um terço dos jovens do país tem uma opinião positiva sobre o casamento. A pesquisa focou em residentes com idades entre 19 e 34 anos e mostrou como essa tendência se acelerou ao longo da última década, agravando problemas demográficos para um país que já enfrenta baixas taxas de natalidade e envelhecimento acelerado.

    Publicidade

    A pesquisa publicada nesta semana mostrou que apenas 36,4% dos entrevistados entrevistados no ano passado disseram ter uma percepção positiva do casamento, abaixo dos dos 56,5% de 2012. As razões comuns citadas no relatório para os jovens não se casarem incluem não ter dinheiro suficiente para o casamento e a sensação de que isso simplesmente não é necessário.

    Publicidade

    Entre o terço com a percepção positiva do casamento, os resultados mostram que é mais comum entre o público masculino, enquanto apenas 28% das mulheres se mostraram favoráveis. Analistas afirmam que há diversas razões para isso e várias mulheres sul-coreanas disseram em 2019 que tinham preocupações de segurança quando se tratava de namoro, exacerbadas por notícias de grande repercussão sobre crimes sexuais, voyeurismo e discriminação de gênero.

    Os avanços das mulheres na educação e no local de trabalho também significam que o “custo de oportunidade do casamento” é muito mais elevado para as mulheres agora do que nas gerações anteriores. Ao casar, essas jovens podem ter que comprometer a sua carreira ou educação, especialmente dadas as normas de gênero tradicionais e as dificuldades de reingresso no trabalho após o parto, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

    Publicidade

    + Movimento contra consumo de carne de cachorro cresce na Coreia do Sul

    Isso significa que muitas mulheres instruídas e com empregos estáveis estão adiando o casamento e a maternidade. Existe até mesmo uma palavra, “bihon”, que se refere a mulheres que optam por renunciar ao casamento.

    Publicidade

    Com relação ao parto, as atitudes dos entrevistados são igualmente desdenhosas. Dos entrevistados no ano passado, mais de metade disse não ver a necessidade de ter um filho, mesmo depois do casamento – uma taxa que tem aumentado constantemente desde 2018.

    Porém, numa mudança em relação às opiniões tipicamente conservadoras da Coreia do Sul, a ideia de ser mãe solteira está ganhando popularidade. Quase 40% dos entrevistados disseram que poderiam ter um filho sem casamento.

    Publicidade

    Grande parte da sociedade ainda desaprova os pais solteiros, no entanto. Dados de hospitais mostram que o tratamento de fertilização in vitro não é oferecido a mulheres solteiras e os casais entre pessoas do mesmo sexo também enfrentam discriminação e não podem se casar no país, tornando difícil o sistema de adoção.

    Continua após a publicidade

    + Por ‘provocação’ de Kim, Coreia do Sul faz treino nacional de defesa civil

    Publicidade

    Mas os especialistas dizem que as autoridades poderão ter de mudar estas atitudes, e rapidamente, se quiserem retirar o país da sua iminente crise demográfica. No ano passado, a taxa de fertilidade da Coreia do Sul caiu para uma mínima histórica de 0,78, bem longe dos 2,1 necessários para manter uma população estável.

    Os esforços para resolver o problema até agora se revelaram ineficazes. O governo gastou mais de 200 bilhões de dólares nos últimos 16 anos para incentivar mais pessoas a terem filhos, mas nenhum grande resultado foi alcançado até o momento.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.