Programada para ser lançada formalmente na cúpula de líderes das vinte maiores economias do mundo, na semana que vem, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza proposta pelo Brasil já tem endosso de 41 países, antecipou nesta sexta-feira, 15, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, em fala durante o G20 Social, evento paralelo à cúpula do G20.
Além dos países que farão anúncios de ações concretas a partir da decisão de participar, segundo ele, a iniciativa já envolve também 13 organizações internacionais públicas e instituições financeiras, assim como 19 grandes instituições filantrópicas, organizações da sociedade civil e outras entidades sem fins lucrativos.
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“Somente na segunda-feira, dia 18, o presidente Lula deverá anunciar o número de países que já declararam adesão, quantos organismos internacionais estão envolvidos e quantos fundos serão destinados. E, com certeza, vamos seguir o resto de 2024 e 2025 com mais adesões”, ressaltou.
O ministro disse que ainda não é possível estimar o volume total de recursos financeiros canalizados para a aliança, mas lembrou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já anunciou financiamento adicional de US$ 25 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 140 bilhões.
Entre os países que já anunciaram apoio à iniciativa está a França. A VEJA, o embaixador francês no Brasil, Emmanuel Lenain, disse que o projeto “está perfeitamente alinhado com nossos compromissos internacionais com a segurança alimentar”.
A Aliança Global contra a Fome a Pobreza tem como objetivo estabelecer uma forma de captação de recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo. O mecanismo será gerido pelo governo brasileiro e pela FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), entre 713 milhões e 757 milhões de pessoas podem ter enfrentado a fome em 2023, o que representa uma em cada 11 pessoas no mundo.