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Aliados do Hamas no Iêmen atacam navio norueguês em Israel

Rebeldes houthis prometeram bloquear portos israelenses até a entrada de ajuda humanitária suficiente na Faixa de Gaza

Por Da Redação
12 dez 2023, 10h50
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  • Rebeldes da etnia houthi no Iêmen reivindicaram, nesta terça-feira, 12, a autoria de um ataque contra um navio-tanque comercial da Noruega próximo a Israel. A operação foi o seu mais recente protesto contra os bombardeios e destruição de Gaza, destacando os riscos do conflito entre Tel Aviv e o grupo terrorista palestino Hamas se alastrar pelo Oriente Médio.

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    De acordo com o porta-voz militar dos houthis, Yehia Sarea, os rebeldes aliados do Hamas – e que, como o grupo palestino, são financiados pelo Irã – atingiram o navio-tanque STRINDA com um foguete, porque a embarcação estava fazendo uma entrega de petróleo bruto a um terminal israelense. Segundo eles, o caso aconteceu depois que a tripulação ignorou seus avisos para que se afastassem.

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    A empresa proprietária do petroleiro, Mowinckel Chemical Tankers, disse que o navio se dirigia para Itália com uma carga de óleo de palma para ser utilizado em biocombustíveis. A embarcação não planejava parar em Israel.

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    Como ocorreu o ataque

    Inicialmente, a fragata francesa FREMM Languedoc interceptou e destruiu um drone vindo do Iêmen que ameaçava o STRINDA. No entanto, o ministério da Defesa da França afirmou que os rebeldes lançaram em seguida um foguete contra a embarcação, na noite de segunda-feira 11, o que causou um incêndio a bordo do navio-tanque.

    Dados da empresa de rastreamento naval Kpler apontam que o STRINDA estava carregando óleo vegetal e biocombustíveis da Malásia, com destino a Veneza. O vice-ministro das Relações Exteriores da Noruega, Eivind Vad Petersson, classificou o incidente como inaceitável.

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    “A Noruega condena nos termos mais fortes possíveis todos os ataques a navios civis”, disse ele.

    Tudo ocorreu cerca de 111 km ao norte do Estreito de Bab al-Mandab, que conecta o Mar Vermelho e o Golfo de Aden. Nenhuma vítima foi registrada e o navio conseguiu se mover por conta própria após a explosão.

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    Conflito transborda pelo Oriente Médio

    Os houthis entraram na guerra Israel-Hamas depois do início dos bombardeios da Faixa de Gaza por parte das Forças de Defesa de Israel (FDI). Os rebeldes passaram a atacar navios em rotas marítimas importantes, bem como disparar drones e mísseis contra Tel Aviv a mais de 1.600 quilômetros de sua sede de poder, a capital iemenita de Sanaa.

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    No último sábado 9, eles declararam que iriam atacar todos os navios com destino a Israel, independentemente da sua nacionalidade, e alertaram as companhias marítimas internacionais contra atracar em portos israelenses. O porta-voz dos houthis prometeu que o grupo vai continuar bloqueando as embarcações até que Tel Aviv permita a entrada de alimentos e ajuda médica em Gaza.

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    O conflito na Faixa de Gaza também já se espalhou para outras partes da região. Israel e o grupo Hezbollah do Líbano trocando tiros diariamente na fronteira norte do país, enquanto milícias apoiadas pelo Irã atacam bases americanas no Iraque.

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    Eixo de resistência

    Os houthis são um dos vários grupos do chamado “eixo da resistência” do Irã, que inclui grupos como Hamas e Hezbollah, cujos alvos são Israel e postos militares dos Estados Unidos. O porta-voz do grupo rebelde declarou que a obstrução da passagem de navios é uma ação direta em apoio aos palestinos.

    No mês passado, os houthis também apreenderam um navio cargueiro de propriedade britânica que tinha ligações com uma empresa israelense. Os Estados Unidos e o Reino Unido condenaram os ataques aos navios, culpando o Irã pelo apoio aos rebeldes iemenitas. Teerã diz que os seus aliados tomam as suas decisões de forma independente.

    Durante a primeira semana de dezembro, três navios comerciais foram atacados em águas internacionais, o que levou à intervenção de um contratorpedeiro da Marinha dos Estados Unidos. Porém, a Arábia Saudita pediu aos americanos para mostrarem moderação na resposta às investidas, para que o conflito não tome proporções maiores.

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