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Após acusação da ONU, Israel nega estar forçando palestinos a sair de Gaza

Porta-voz israelense diz que alegações são 'ultrajantes e falsas'; chefe da UNRWA fala em risco de Gaza 'não ser mais terra para os palestinos'

Por Da Redação
Atualizado em 11 dez 2023, 16h22 - Publicado em 11 dez 2023, 16h21

Israel rejeitou, nesta segunda-feira, 11, as acusações de que estaria tentando forçar, com bombardeios e ataques terrestres, a população da Faixa de Gaza a fugir e esvaziar o território. Responsáveis por ações humanitárias no enclave e líderes de países árabes continuam a alertar que a intensificação dos conflitos pode deixar os palestinos sem escolha para onde ir.

O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, afirmou que essas acusações são “ultrajantes e falsas”, e eles que Tel Aviv pretende apenas convencer os palestinos a abandonarem as principais áreas de combate.

Em mais de dois meses de conflito, o último fim de semana foi marcado por um número elevado de incursões terrestres das Forças de Defesa de Israel (FDI), que atacaram tanto o norte – com o objetivo de consolidar o controle dos centros urbanos –, quanto o sul – onde perseguem os comandantes do Hamas.

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Para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, isso representa “o começo do fim” para os terroristas do Hamas. 

Situação crítica

De acordo com as organizações humanitárias presentes em Gaza, estima-se que 1,8 milhões de pessoas, o que representaria 80% do total da população, foram forçadas a abandonarem as suas casas desde o início do conflito, em 7 de outubro. Isso sem contar as cerca de 18 mil mortes registradas pelo Ministério de Saúde local, controlado pelo Hamas.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que o sistema de saúde de Gaza está “de joelhos” e “em colapso”. A entidade tem emitido alertas constantes sobre as mazelas ocasionadas pela segunda rodada da guerra, retomada após o fim da trégua temporária na sexta-feira passada.

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A agência das Nações Unidas em Gaza, a UNRWA, disse que as 154 instalações que eles oferecem por lá enfrentam superlotação, com mais de 1,3 milhões de pessoas abrigadas, o que levou à criação de acampamentos improvisados na fronteira com o Egito, ao sul do território. A preocupação é que esse cenário promova surtos de doenças como cólera e pneumonia, uma ameaça cada vez maior.

Paz distante

O chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, apontou também para o possível teor político das investidas de Israel. Ele disse que “os desenvolvimentos que estamos a testemunhar apontam para tentativas de mover os palestinos para o Egito”.

“Se este caminho continuar, Gaza não será mais uma terra para os palestinos”, declarou Lazzarini.

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O primeiro-ministro do Catar, Xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse que os bombardeios de Israel “estreitam a janela” de um nova pausa humanitária. Vale lembrar que o primeiro cessar-fogo foi negociado por intermédio das autoridades cataris.

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