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Ajuda humanitária dos EUA à Venezuela chega à fronteira da Colômbia

Ainda não se sabe quando ou como os venezuelanos receberão as doações, já que Maduro vem bloqueando a fronteira

Por Da Redação
Atualizado em 8 fev 2019, 11h14 - Publicado em 8 fev 2019, 09h38

Caminhões levando ajuda humanitária dos Estados Unidos para a Venezuela chegaram nesta quinta-feira, 7, à fronteira da Colômbia com o país petroleiro, que sofre com um severo desabastecimento.

Escoltados pela polícia, cerca de dez veículos carregados com ajuda entraram às 14h43 locais (17h43 de Brasília) no centro de distribuição preparado pelas autoridades colombianas na ponte internacional Tienditas, na cidade fronteiriça de Cúcuta.

Ainda não se sabe, contudo, quando ou como os venezuelanos receberão as doações, já que o governo de Nicolás Maduro vem bloqueando a fronteira para impedir a entrada de qualquer tipo de ajuda internacional.

Apesar da incerteza, a caravana de caminhões com suprimentos saiu na véspera da cidade de Bucaramanga (nordeste) e foi recebida com emoção por um grupo de venezuelanos que vivem em Tienditas, onde a oposição da Venezuela deveria receber os suprimentos.

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“Ajuda humanitária já”, diziam cartazes amarelos erguidos por cidadãos.

Os suprimentos foram inicialmente recebidos pela estatal Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) da Colômbia, que informou em nota que vai apenas receber e armazenar os produtos em seu centro nesta região.

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“De acordo com o cronograma estabelecido, nesta primeira etapa do processo as ajudas serão organizadas dentro do espaço disposto no centro de distribuição, com o objetivo de realizar o processo de custódia e proteção, cumprindo o compromisso do governo colombiana nesta operação humanitária”, afirmou a unidade no comunicado.

Nos “próximos dias” chegarão mais carregamentos, aos quais se somarão outros vindos do Brasil e de uma ilha caribenha a ser definida.

O envio de ajuda humanitária é uma reposta ao chamado de Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela.

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Os Estados Unidos ofereceram uma ajuda inicial de 20 milhões de dólares para a Venezuela. O Canadá de 40 milhões, e a Comissão Europeia de outros 5 milhões de euros.

O presidente Nicolás Maduro e o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano, contudo, recusam a ajuda, afirmando que não existe uma situação de emergência na Venezuela. Ambos dizem ainda que a iniciativa dos deputados opositores de admitir ajuda internacional vai contra a Constituição.

Na terça-feira 5, militares venezuelanos bloquearam com três caminhões a ponte de Tienditas, na fronteira entre as cidades de Ureña, na Venezuela, e de Cúcuta, na Colômbia, onde está um centro de fornecimento de ajuda.

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Perto dali, soldados armados também guardam o prédio onde funciona a alfândega de Ureña, ameaçando repelir qualquer tentativa de cruzar a fronteira, segundo a imprensa local.

Entidades de ajuda humanitária, como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pedem que a entrega de alimentos e remédios não seja politizada pelos envolvidos na crise.

Guaidó convocou uma mobilização em 12 de fevereiro e outra em data a definir para exigir aos militares, sustentação de Maduro, que abram um caminho para a ajuda, inicialmente para os “300.000 venezuelanos a ponto de perder a vida”.

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No Brasil, um grupo interministerial foi criado, sob a liderança da Casa Civil, para tratar de como enviar alimentos e remédios do Brasil aos venezuelanos. Do grupo participam o Itamaraty e os ministérios da Justiça, Defesa e Saúde, segundo o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Na pior crise de sua história moderna, a Venezuela sofre com escassez de 85% de remédios e de alimentos. Segundo a ONU, 2,3 milhões de pessoas deixaram o país desde 2015.

(Com AFP)

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