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Afeganistão busca sobreviventes após terremoto deixar mais de 2 mil mortos

Moradores escavam escombros de aldeias remotas e sem infraestrutura em Herat, onde sismo de magnitude 6,3 deixou ao menos 500 desaparecidos

Por Da Redação
9 out 2023, 11h49
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  • Afghan residents clear debris as they look for victims' bodies in the rubble of damaged houses after the earthquakes in Siah Ab village, Zendeh Jan district of Herat province on October 8, 2023. The death toll from a series of earthquakes in western Afghanistan rose sharply again on October 8 to more than 2,000, with nearly 10,000 injured, as rescue workers dug through razed villages for vanishing signs of life. More than 1,300 homes were toppled when magnitude 6.3 quake -- followed by eight strong aftershocks -- jolted hard-to-reach areas 30 kilometres (19 miles) northwest of the provincial capital of Herat, according to officials. (Photo by Mohsen KARIMI / AFP)
    Residentes afegãos limpam os escombros enquanto procuram os corpos das vítimas nos escombros de casas danificadas após os terremotos na aldeia de Siah Ab, distrito de Zendeh Jan, na província de Herat. 08/10/2023 - (Mohsen Karimi/AFP)

    O Afeganistão continua sua busca por sobreviventes nesta segunda-feira, 9, depois de um terremoto de magnitude 6,3 abalar a província de Herat no último sábado 7, deixando cerca de 2,4 mil mortos. A paisagem árida, repleta de casas de tijolos de barro, ficou destruída. Habitantes locais usam pás e até as próprias mãos para procurar os mais de 500 desaparecidos depois da tragédia.

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    A ajuda só começou a chegar nesta segunda-feira, depois de atrasos provocados pelo bloqueio de estradas e a queda das linhas de comunicação. Imagens das aldeias mostram casas inteiras, frágeis demais para resistir aos abalos sísmicos, reduzidas a escombros.

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    “Tudo virou lama”, disse um morador, Nek Mohammad, à agência de notícias AFP. “Começamos a cavar com pás para resgatar mulheres e crianças dos escombros.”

    O governo Talibã e agências internacionais tiveram dificuldades para estimar o número de mortos e desaparecidos, já que os registos populacionais de aldeias remotas são imprecisos. A área também abriga comunidades deslocadas pela guerra e pela seca, tornando o tamanho da população exata uma incógnita.

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    Hospitais mal equipados ficaram sobrecarregados com pessoas feridas, que agora somam mais de 1,6 mil. Muitas delas foram transportadas para o Hospital Regional de Herat, onde equipes da instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras (MSF) estão atuando desde sábado.

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    “Felizmente, a maioria dos pacientes que chegam são casos não emergenciais”, diz Prue Coakley, representante interina de MSF no Afeganistão. “No entanto, muitos deles não têm casas para onde regressar, por isso permanecem no hospital enquanto as autoridades procuram abrigos alternativos.”

    As Nações Unidas afirmaram que a maioria dos sobreviventes do terremoto em tratamento são mulheres e crianças, enquanto os médicos disseram que esses grupos também representam a maior parte dos mortos na tragédia.

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    O Talibã, que governa o país desde 2021, afirmou que os sobreviventes do terremoto precisam urgentemente de alimentos, água potável, medicamentos, roupas e tendas para abrigo. Várias agências humanitárias enviaram ajuda, incluindo a Sociedade da Cruz Vermelha Afegã, o MSF, o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas e a Unicef.

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    Porém, devido aos problemas financeiros do país, mais auxílio é necessário. O Afeganistão ainda está se recuperando de uma crise econômica desde a tomada do poder dos talibãs, quando as remessas de ajuda internacional prestadas diretamente ao governo foram suspensas.

    Poucos países prometeram financiamento extra desde o terremoto. A Sociedade da Cruz Vermelha da China ofereceu US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão) em ajuda emergencial, de acordo com a mídia chinesa. Já o vizinho Paquistão disse que está em contato com autoridades afegãs e que “estenderá todo o apoio possível ao esforço de recuperação”.

    O Afeganistão é frequentemente atingido por terremotos, especialmente na cordilheira Hindu Kush, que fica perto da junção das placas tectônicas da Eurásia e da Índia. Em junho do ano passado, a província de Paktika foi atingida por um terremoto de magnitude 5,9 que matou mais de 1 mil pessoas e deixou dezenas de milhares desalojadas.

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