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Acusado de recrutamento ilegal, Exército dos EUA deixa plataforma Twitch

Site de streaming de videogame descobriu que forças armadas usavam brindes falsos para atrair usuários a páginas de recrutamento

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 13h50 - Publicado em 23 jul 2020, 18h39
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  • Demonstrators are seen in the reflexion of a classic WW1 US Army recruitment poster, as protests triggered by the death of George Floyd while in police custody, continue on June 23, 2020, in Washington, DC. - US President Trump on his way to Arizona warned that protesters who attempted to establish an "autonomous zone" in the US capital would be met with "serious force," following a night of protests at Lafayette Square where a crowd of protestors tried to topple the statue of Jackson. (Photo by Brendan Smialowski / AFP) (Brendan Smialowski/AFP)

    Acusado de conduzir uma campanha de recrutamento potencialmente ilegal, o Exército dos Estados Unidos suspendeu suas atividades nesta quinta-feira, 23, da plataforma de transmissões de vídeo ao vivo Twitch. A empresa criticou as contas da Marinha e do Exército por usarem brindes falsos para atrair usuários a páginas de recrutamento, além de acusá-las de censura por bloquearem críticos às Forças Armadas.

    A Twitch afirmou que os canais apresentavam links que publicizavam um controle do console Xbox Elite Series 2. Contudo, quando usuários clicavam nos links, eram direcionados a um formulário de recrutamento sem informações adicionais sobre o prêmio. Segundo o jornal britânico The Guardian, o Exército afirmou que brindes só foram habilitados para alguns usuários, mas a plataforma ordenou a remoção dos links.

    Além disso, nas últimas semanas, usuários da Twitch, liderados pelo americano Jordan Uhl, iniciaram uma cruzada para desacreditar as Forças Armadas, gerando uma polêmica sobre censura partindo do governo americano.

    Depois de se inscreverem nos canais de vídeo do Exército e da Marinha, aguardando 24 horas para fugir dos filtros de spam, os usuários faziam comentários pedindo aos soldados que comentassem sobre questões polêmicas: desde Eddie Gallagher, ex-fuzileiro naval acusado de crimes de guerra, até o massacre de My Lai, quando americanos mataram centenas de civis durante a guerra do Vietnã. 

    Em resposta, os canais bloquearam os usuários críticos, potencialmente ferindo a liberdade de expressão.

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    “A Primeira Emenda [da Constituição americana] significa que o governo não pode expulsar alguém ou impedi-lo [de falar] com base em seu ponto de vista”, disse Katie Fallow, advogada do Knight First Amendment Institute, na segunda-feira 20.

    Tanto o Exército quanto a Marinha são ativos desde 2019 no site de streaming, usado principalmente para games, onde suas equipes oficiais de e-sports compartilham imagens deles jogando games de guerra, como Rainbow Six e Counterstrike.

    Segundo o canal da Marinha, membros só estão na Twitch “para mostrar que jogamos videogame, não para recrutar. Esse não é o ponto disso”. Só que um manual de redes sociais das Forças Armadas, vazado pela Vice, afirma que o objetivo da plataforma é “fazer conexões entre possíveis candidatos e recrutadores”.

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    Na quarta-feira 22, a congressista democrata Alexandria Ocasio-Cortez, de Nova York, enviou um projeto de lei que impediria militares de usar fundos públicos para “manter uma presença na Twitch.com ou em qualquer videogame, e-sports ou plataforma de transmissão ao vivo”.

    A proposta parece ter sido a gota d’água para as equipes militares de e-sports. Na noite de quarta-feira, um porta-voz do Exército confirmou a decisão de sair da Twitch.

    “A equipe pausou o streaming para revisar políticas e procedimentos internos, bem como todas as políticas específicas da plataforma, para garantir que os participantes do espaço sejam transparentes antes do reinício do streaming”, disse o porta-voz.

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