As ações da Trump Media & Technology Group, empresa do ex-presidente americano Donald Trump, subiram mais de 200% em apenas cinco semanas em meio à apostas de que o republicano vencerá as eleições presidenciais, marcadas para 5 de novembro.
A empresa de mídia, que Trump tem 57% das ações, foi avaliada por Wall Street em quase US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45,6 bilhões), enquanto o patrimônio líquido do ex-presidente registrou um aumento de US$ 460 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) na sexta-feira, atingindo US$ 6,6 bilhões (cerca de R$ 37,6 bilhões).
+ Novas pesquisas apagam pequena vantagem democrata e são sinal de alerta para Kamala
O investimento de 114,75 milhões de ações do ex-presidente na empresa agora vale cerca de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) — um salto de US$ 3,1 bilhões (cerca de R$ 17,6 bilhões) em relação ao valor registrado há cinco semanas.
Faltando poucas dias para a eleição, a democrata Kamala Harris viu sua pequena vantagem sobre o rival democrata desaparecer em pesquisas de opinião. Enquanto na pesquisa da CNN os dois candidatos estão com 47% das intenções de voto, a do New York Times coloca os dois empatados em 48%.
O agregador FiveThirtyEight, que faz uma média nacional de pesquisas, também registrou um aperto da margem nas últimas semanas: no início de outubro, ela estava à frente de Trump por 48,5% a 45,7%; agora, caiu para 48,1% a 46,4%. Isso sugere que esta disputa ficou ainda mais acirrada.
Investimento arriscado
Apesar do crescimento, a Trump Media está sendo negociada como uma “ação meme”, o que significa que a empresa ganha popularidade entre os investidores de varejo por meio das redes sociais, ao invés de ser avaliada por atributos financeiros tradicionais, como lucros ou crescimento de vendas.
O preço das ações da Trump Media pode sofrer ainda mais variações nos próximos dias e semanas, à medida que as eleições presidenciais americanas se aproximam.
O sócio-gerente e cofundador da empresa de capital de risco Deepwater Asset Management, Gene Munster, disse em entrevista à CNN que as ações da empresa vão “cair livremente” caso o candidato republicano perca as eleições.
“Se ele não for eleito, o que resta? Uma empresa com alguns anos de existência, receita modesta e essencialmente nenhum lucro”, disse ele.