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Abbas diz que pode governar Gaza, mas só como via para um Estado Palestino

Presidente da Autoridade Palestina, no poder na Cisjordânia, foi levantado como alternativa ao Hamas para controlar enclave palestino no sul de Israel

Por Da Redação
10 nov 2023, 09h46

O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, afirmou nesta sexta-feira, 10, que está disposto e pronto para assumir novamente o controle da Faixa de Gaza, após o fim da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que expulsou a AP do enclave em 2007. No entanto, declarou que isso só ocorrerá se a medida for parte de uma solução mais abrangente, que seja caminho para o estabelecimento de um Estado Palestino, com Jerusalém Oriental como sua capital.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que pretende assumir o controle sobre a segurança de Gaza por um “período indefinido” quando terminar sua incursão militar cujo objetivo é “eliminar” o Hamas, que atualmente governa a Faixa. No entanto, várias autoridades israelenses afirmaram que o país não pretende reocupar o enclave, como o fez em 1967.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em um giro por países do Oriente Médio na missão diplomática de evitar que o conflito se estenda por muito mais tempo ou se amplie para outras nações da região, realizou um encontro com Abbas na semana passada. A medida foi vista como uma tentativa de costurar um possível governo da AP em Gaza depois da guerra.

No entanto, dado que é pouco provável que Israel concorde com o apelo de Abbas, ainda não está claro quem governará Gaza após o conflito. A comunidade internacional também expressou hesitação em assumir um papel neste imbróglio.

Num discurso de celebração do 19º aniversário da morte do líder palestino Yasser Arafat, Abbas apelou pela preservação do “legado” de Arafat e à declaração da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) – espécie de partido que controla a Autoridade Palestina – como o único representante legítimo do povo palestino, repudiando assim o Hamas.

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Abbas pediu a realização de uma conferência internacional de paz para fornecer “garantias internacionais” e um calendário para acabar com a ocupação israelense de todos os territórios palestinos. Apesar de Tel Aviv ter retirado todas as suas forças de Gaza em 2005, após quase 40 anos no enclave, a Cisjordânia, outra área povoada por palestinos a leste de Israel, tem sido progressivamente inundada por assentamentos israelenses e colonos judeus – o que a comunidade internacional considera ilegal.

O chefe da Autoridade Palestina rejeitou a ideia de que a Faixa de Gaza possa ser novamente ocupada por Israel e que os palestinos em Gaza ou na Cisjordânia possam ser forçados a passar por uma segunda “nakba”, uma referência à expulsão de cerca de 750 mil palestinos de suas terras na sequência da criação do Estado de Israel, em 1948.

Apesar de enxergar o grupo como rival, Abbas evitou condenar o Hamas desde o início da guerra, embora o grupo terrorista tenha invadido o território israelense em 7 de outubro, deixando um rastro de 1.400 mortos e sequestrando outros 240. Ele afirmou que considera Israel “totalmente responsável” pelo conflito, acrescentando que soluções militares não trarão segurança ou paz a ninguém.

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