Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

À espera de pistas sobre rumo de Pyongyang, fronteira fica em alerta

Maribel Izcue. Panmunjom (Coreia do Sul), 22 dez (EFE).- Militares das duas Coreias vigiam-se mutuamente em Panmunjom, uma das últimas fronteiras da Guerra Fria, que divide um Norte de luto e um Sul que aguarda indícios sobre o rumo de seu vizinho após a morte de Kim Jong-il. Apenas 20 metros separam os soldados dos […]

Por Da Redação
22 dez 2011, 09h59
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Maribel Izcue.

    Publicidade

    Panmunjom (Coreia do Sul), 22 dez (EFE).- Militares das duas Coreias vigiam-se mutuamente em Panmunjom, uma das últimas fronteiras da Guerra Fria, que divide um Norte de luto e um Sul que aguarda indícios sobre o rumo de seu vizinho após a morte de Kim Jong-il.

    Publicidade

    Apenas 20 metros separam os soldados dos dois países na demarcação de Panmunjom, onde em 1953 ocorreram as negociações entre as duas Coreias e os Estados Unidos que puseram fim a uma guerra que moldou a península e deixou o Norte sob o mandato autoritário da dinastia Kim.

    Nesta quinta-feira, o lado norte-coreano da fronteira não mostrava nenhum sinal visível de luto pela morte do ‘querido líder’ Kim Jong-il, anunciada na segunda-feira e que levou Seul a aumentar a vigilância na conturbada fronteira que transcorre ao longo do paralelo 38.

    Publicidade

    Apesar da incerteza sobre a mudança de liderança no hermético regime comunista, a parte sul-coreana de Panmunjom seguia aberta aos visitantes que, com autorização prévia, podiam entrar na área de segurança conjunta e nos postos do comando da ONU utilizados para negociações intercoreanas.

    Ali, com rigidez marcial e sobre um chão gelado pelas baixas temperaturas, cinco soldados sul-coreanos montavam guarda com o olhar fixo em dois militares do país vizinho do outro lado dos edifícios, que respondiam da mesma maneira.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Muito perto desse local fica a chamada ‘ponte sem retorno’, que serviu para trocar prisioneiros e onde nos últimos dias, devido à situação excepcional, o acesso está proibido.

    ‘Por enquanto estamos tentando ver o que vai acontecer’, afirmou cauteloso um dos soldados dos Estados Unidos, país que administra junto com a Coreia do Sul a parte meridional da zona desmilitarizada.

    Publicidade

    A designação de Kim Jong-un, o filho mais novo de Kim Jong-il, como seu sucessor gerava certo ceticismo no militar: ‘Ele quase não tem experiência, é muito jovem. É possível que se apoie em seu tio (Jang Song-thaek, cunhado de Kim Jong-il), mas ainda não sabemos de nada’, afirmou.

    Com menos de 30 anos e pouca presença nos círculos políticos e militares, Kim Jong-un vem sendo o centro de uma campanha de propaganda dos meios de comunicação norte-coreanos, que começaram a construir um culto a sua personalidade na mesma linha do que era feito com seu pai e seu avô, Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte.

    Publicidade

    Diante da opacidade do regime norte-coreano, o Sul tenta analisar todos os cenários possíveis ao lado de seus vizinhos asiáticos, entre os quais a China, que já expressou seu apoio a Kim Jong-un como novo líder.

    Continua após a publicidade

    O delegado sul-coreano no diálogo nuclear, Lim Sung-nam, viajou nesta quinta para Pequim para avaliar junto com seu colega chinês as consequências da morte de Kim nas conversas para a desnuclearização de Pyongyang.

    Estas negociações estão estagnadas desde 2009, mas nos últimos meses o regime norte-coreano havia demonstrado disposição em retomá-las em troca de ajuda, enquanto EUA e Seul reivindicavam um compromisso prévio e o acesso de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ao país.

    Por enquanto, o futuro desse diálogo está à espera de que após o funeral de Kim Jong-il, no dia 28, se confirme o confuso mapa de poder na Coreia do Norte.

    O presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, que chegou ao cargo em 2008 com uma política de mão dura rumo a Pyongyang, afirmou nesta quinta que seu governo está se esforçando para evitar que, após a morte de Kim, o país comunista perceba sinais de ‘hostilidade’ de sua parte.

    A atitude do Executivo não serviu para calar as críticas na Coreia do Sul a seus serviços de Inteligência, que após anos de acompanhamento das atividades de Kim Jong-il não souberam de sua morte até que foi anunciada, dois dias após ter ocorrido, pela emissora estatal norte-coreana ‘KCNA’. EFE

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.