Às vésperas das eleições americanas, o cenário continua indefinido na disputa entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump, de acordo com a nova pesquisa do jornal New York Times e do Siena College divulgada neste domingo, 3. O levantamento avaliou as intenções de voto nos estados que concentram os eleitores indecisos.
Enquanto Kamala lidera em Nevada, Carolina do Norte, Wisconsin e Geórgia, Trump está à frente no Arizona e os candidatos têm o mesmo percentual na Pensilvânia e em Michigan. No entanto, eles continuam empatados na margem de erro nas regiões do país conhecidas como Sun Belt e Rust Belt, de modo que ainda não é possível saber quem vai ganhar as eleições. Ao todo, foram ouvidos 7.879 eleitores entre os dias 24 de outubro e 2 de novembro. As eleições ocorrem nesta terça-feira, 5.
Trump está avançando na Pensilvânia e empatou com a democrata (48%). Ele lidera com 49% das intenções de voto no estado do Arizona, onde Kamala soma 45%.
A pesquisa aponta que os eleitores que deixaram sua escolha para última hora vão votar em Kamala. Dos 8% que estão nessa situação, 55% escolheram a democrata. O índice de indecisos é de 11%, cinco pontos percentuais a menos do que há um mês.
Segundo o levantamento nesses sete estados, 40% dos eleitores já votaram e a vantagem de Kamala é de oito pontos percentuais. Os dados do Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida indicam que mais de 70 milhões de americanos já votaram.
Um ponto que embaralha as pesquisas é que, entre os que não foram votar, mas que “têm grande probabilidade” de comparecer às urnas, Trump demonstra vantagem.
Empate na média nacional
A pesquisa que analisa a média nacional também expressa quão disputadas estão as eleições americanas. Kamala lidera com 49%, mas está empatada com os 48% do republicano. Para vencer, é necessário alcançar 270 votos eleitorais.
Neste domingo, a candidata democrata usou suas redes sociais para pedir votos relembrando que faltam dois dias para as eleições. “Temos trabalho árduo pela frente, mas gostamos de trabalho duro. Com sua ajuda, vamos vencer”, escreveu.
Ela também postou um vídeo relembrando a importância do direito conquistado de votar para convocar os americanos às urnas. “Em nome dos nossos filhos, netos e de todos aqueles que se sacrificaram pela nossa liberdade — vamos escrever o próximo grande capítulo da história mais extraordinária alguma vez contada.”
Trump também usou as redes sociais para pedir votos, mas com seu tradicional método de atacar os adversários. “Cada problema que enfrentamos pode ser resolvido — mas agora, o destino da nossa nação está em suas mãos. Na terça-feira, você tem que se levantar e dizer a Kamala que você já teve o suficiente, que não aguenta mais, ‘Kamala Harris, você está demitida!'”, escreveu em sua página na Truth Social.