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A conexão com o Brasil do militar acusado de planejar golpe na Alemanha

Rüdiger Wilfred Hans Von Pescatore foi preso na quarta-feira junto a outras 24 pessoas

Por Matheus Deccache 9 dez 2022, 11h57

Acusado de integrar um grupo extremista que tinha objetivo de derrubar o governo da Alemanha e preso na última quarta-feira, 7, Rüdiger Wilfred Hans Von Pescatore tem ligações diretas com o Brasil. O ex-militar alemão, de 69 anos, morou em Santa Catarina, estado onde ainda mantém duas empresas ativas em seu nome. 

Antes de chegar ao sul do Brasil, em 2016, o extremista teve passagens por São Paulo e Rio Grande do Norte. Ele fixou residência em um sítio no município de Indaial enquanto sua filha esteve em Pomerode, cidade a cerca de 30 quilômetros de distância. 

+ Polícia alemã detém suspeitos de plano terrorista para golpe de Estado

De acordo com dados da Receita Federal, Pescatore é proprietário das empresas Solacera, atuante na área de energias renováveis com sede em Blumenau, e Acera, que presta consultoria em gestão empresarial em Pomerode. 

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Pescatore foi preso juntamente com outras 24 pessoas por suspeita de planejar um ataque terrorista ao Parlamento nacional. Entre os detidos estava também uma ex-deputada do partido de extrema direita Alternative für Deutschland (AfD). 

Segundo a mídia alemã, ele era um dos líderes do grupo juntamente com Heinrich XIII, 71, como um dos líderes do grupo – descendente da nobre família Reuß, que costumava governar partes do leste da Alemanha no século 12. 

No ano passado, a dupla fundou uma “organização terrorista com o objetivo de derrubar a ordem estatal existente na Alemanha e substituí-la por sua própria forma de Estado, que já estava em vias de ser fundada”. O ex-militar era encarregado de planejar o golpe militar, enquanto Heinrich XIII teria objetivo de mapear a futura ordem política da Alemanha.

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+ O perigoso crescimento da extrema direita na Alemanha

O grupo começou até a nomear ministros para um governo de transição pós-golpe, informou o jornal Die Zeit. Uma das suspeitas, a ex-deputada do AfD Birgit Malsack-Winkemann, 58, seria ministra da Justiça.

O grupo estava convencido de que a Alemanha moderna era dirigida por uma conspiração de “Estado profundo” que estava prestes a ser exposta por uma aliança de agências de inteligência alemãs e militares de países estrangeiros, incluindo a Rússia e os Estados Unidos.

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