Quinze palestinos são feridos na retomada de protestos contra Israel
Mais de 240 participantes da Grande Marcha do Retorno foram mortos pelas forças israelenses desde abril do ano passado
Milhares de palestinos protestaram nesta sexta-feira, 4, na fronteira da Faixa de Gaza com Israel contra o bloqueio israelense ao território e a favor do direito de retorno a seus lugares de origem. A reação do Exército de Israel a esta primeira manifestação do ano resultou em 15 pessoas feridas, entre as quais uma menor de idade e três paramédicos, segundo o porta-voz do Ministério de Saúde palestino, Ashraf al Qedra.
Desde o início das manifestações da Grande Marcha do Retorno, em abril de 2018, mais de 240 palestinos foram mortos e 25.000 ficaram feridos pelas forças de segurança de Israel.
Sob o título “Resistência à normalização”, esta 41ª sexta-feira de mobilizações da Grande Marcha do Retorno envolveu o lançamento de três balões incendiários contra Israel — iniciativa com o objetivo de provocar incêndios e destruição de campos de cultivo agrícola. Vários palestinos tentaram danificar a cerca divisória da fronteira e atravessá-la, informaram meios de comunicação locais.
Alguns manifestantes deslocados à fronteira leste de Gaza queimaram pneus e lançaram pedras e artefatos explosivos contra os soldados israelenses ali postados. Os militares responderam com gás lacrimogêneo e artilharia para dispersá-los, segundo assinalaram fontes do Exército israelense.
Israel acusa o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde que tomou violentamente o poder do enclave em 2007, de instrumentalizar as mobilizações para se aproximar da cerca divisória, danificá-la, infiltrar-se no seu território para cometer ataques.
(Com EFE)