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Conheça a experiência dos antirrestaurantes de Porto Alegre

Encontros gastronômicos focados no compartilhamento viram paixão em Porto Alegre

Por Abril Branded Content
Atualizado em 6 nov 2017, 11h00 - Publicado em 6 nov 2017, 11h00

Alguns anos atrás, começou a surgir nos grandes centros urbanos um tipo de experiência gastronômica que em muito pouco lembra os tradicionais jantares em restaurantes. Pessoas em busca de exclusividade e compartilhamento criaram a ideia do antirrestaurante, um lugar sem endereço nem cardápio fixos, em que a comida é a surpresa que lidera a integração entre os comensais, chef e convidados. Porto Alegre já tem até um circuito de antirrestaurantes que os foodhunters mais ligados já percorrem e o #hellocidades, projeto de Motorola que convida a novas vivências sobre nossas cidades, foi atrás de histórias para entender eles funcionam.

Giuliano Griffante e Daiane Cardoso se conheceram trabalhando com TI. O trabalho dela é focado na experiência de usuário e ele é desenvolvedor. Em 2013, ele resolveu estudar gastronomia, e a comida logo se tornou uma paixão para os dois. Nessa época, o casal ouviu falar sobre jantares oferecidos por chefs da cidade em suas próprias casas. Esses encontros não tinham cardápio tradicional, nem mesas reservadas.

O primeiro jantar do tipo para o casal foi em um sítio em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Além de compartilharem a mesa com diversas pessoas que nunca tinham visto antes, eles ouviram histórias sobre a comida que estava sendo servida. A essa altura, Giuliano, que já sonhava com o próprio restaurante, perdeu o medo de se arriscar. “Esse é o tipo de experiência com gastronomia que eu quero ter e proporcionar”, disse, na época.

O próximo passo da receita foi abrir a própria casa e criar um antirrestaurante. Nasceu o Santíssimo Beco. Daiane trouxe para a cozinha sua expertise em experiência de usuário e caprichou na ambientação. “Faço tudo para que as pessoas se sintam bem na nossa casa. Monto cenário, playlist, penso no cheiro do ambiente, nos quadros, nas flores, ofereço um welcome drink, tudo para tornar aquele momento especial”, conta. Já Giuliano capricha nos sabores a serem oferecidos. “Meu primeiro passo é ir para a feira e ver o que estação nos traz de alimentos para inspirar. Depois, é hora de começar a conceber um menu e testar ingredientes e receitas. Cada jantar é diferente e tudo que é servido, até o pão, é feito em casa”, destaca o chef.

Giuliano e Daiane capricham em cada detalhe em nome de uma experiência única e inesquecível (Santíssimo Beco/Divulgação)

O fator exclusividade torna a experiência única e inesquecível. O casal oferece um jantar desses por mês, sem periodicidade pré-determinada. Quando decidem quando será o próximo, avisam pelas redes sociais. “A baixa frequência dos jantares faz com que eles sejam ainda mais desejados. Temos até fila de espera de pessoas de várias origens e lugares querendo participar”, conta Daiane.

Depois de saberem quem serão os comensais e o menu a ser servido, a singularidade do jantar fica por conta das interações possíveis naquele dia. “Uma vez veio uma amiga que estava se mudando para o Texas, nos Estados Unidos, em função do trabalho. Nesse mesmo dia, veio uma mulher que tinha ouvido falar da gente no Facebook. Ela era americana e recém tinha vindo ao Brasil. Descobrimos que a americana morava na cidade vizinha [àquela] para onde minha amiga estava indo. Ela saiu daqui com dicas sobre a cidade, sobre escolas para a filha, sobre a cultura local”, conta. “A gente começa partilhando a comida, depois compartilha a bebida, as histórias”, conclui Daiane.

Para proporcionar experiências tão únicas, é preciso uma pitada generosa de esforço. Giuliano conta que a preparação de um jantar começa com, no mínimo, duas semanas de antecedência. “É o tempo de ver o que a natureza está nos dando no momento, ver com calma quem serão os convidados, ter tempo de pensar e testar um menu. Com uma semana de antecedência já sabemos quem vem e dá para começar com a preparação dos caldos e alguns molhos. Durante a semana vamos à feira e compramos os ingredientes. Gostamos de ter um menu em que alimentos muito simples são transformados em extraordinários. No dia, ficamos por conta de alguns preparos na cozinha e da recepção das pessoas. Depois do horário marcado, temos a surpresa da comida para os convidados”, conta o chef.

Gostar de inovar, gostar de servir

Marcos Cardozo foi um dos pioneiros no Brasil quando o assunto é antirrestaurante. Diferente de Giuliano, que ainda se divide entre o trabalho com TI e dos pratos, Marcos enxerga nisso o seu principal negócio. “A ideia inicial, em 2011, era juntar a paixão pela gastronomia e a vontade de trabalhar em casa. Quando eu descobri o conceito dos underground restaurants, já espalhado pelo mundo mas ainda sem força no Brasil, percebi imediatamente o que queria fazer. A chance de trabalhar sozinho e ter um negócio autossustentável me cativou”, diz. Para ele, a melhor parte é embarcar em um tipo de negócio nada convencional.

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Marcos Cardozo gostava de cozinhar e de servir. Só faltava convencer desconhecidos a comer em sua casa (Casa Cardozo/Divulgação)

Marcos já tinha experiência em servir e chegou a ser dono de bares famosos da capital gaúcha. Mas só colocou a mão na massa na cozinha no período em que morou fora de Porto Alegre. De volta à capital gaúcha, apostou tudo nessa ideia. “Pensei que talvez fosse a melhor hora para colocar minhas fichas em projetos inovadores, como esse, em uma cidade de pessoas que, tradicionalmente, gostam muito de receber em suas casas e visitar amigos e parentes, sempre com boa comida. Então, comer na casa de alguém não é fora dos padrões para Porto Alegre, o maior trabalho seria conseguir convencer a comer na minha casa”, diz.

Mais do que inovar na cozinha, Marcos acredita que a experiência do antirrestaurante é muito mais ampla. “É claro que ter a chance de apresentar um trabalho criativo e autoral, comandando uma cozinha própria, é uma das coisas mais atraentes. Mas o conceito de antirrestaurante é muito mais que isso. Eu tenho contato muito pessoal com várias pessoas diferentes, em situações diversas e momentos especiais. A verdade é que essa é a maior realização, pois gostar muito de receber e servir as pessoas não pode estar fora da lista de quem também deseja seguir esse caminho”, conclui.

Para participar desses jantares quase secretos, é preciso se esforçar. Acompanhe o Giuliano e a Daiane no Facebook e no Instagram do Santíssimo Beco. Já o Marcos tem um blog onde publica detalhes sobre os encontros da Casa Cardozo. Porto Alegre está em hellomoto.com.br. Não esqueça de compartilhar com a gente suas experiências pelas ruas da capital gaúcha com as hashtags #hellocidades e #hellopoa.

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