Apesar do leve aumento, produção de vinho sofre com impacto das mudanças climáticas
Relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho aponta produção abaixo da média pelo terceiro ano consecutivo
A produção de vinho mundial aumentou 3% em relação ao recorde histórico negativo registrado em 2024. No entanto, o número segue abaixo da média pelo terceiro ano consecutivo, segundo relatório da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) divulgado nesta quarta, 12.
A estimativa da OIV prevê uma produção de 232 milhões de hectolitros (equivalente a 133 garrafas de vinho) no ano, quantidade 7% abaixo da média dos últimos cinco anos.
Uma explicação para a queda na produção são as mudanças climáticas. “Algumas regiões sofreram com calor e seca, e depois tiveram chuvas torrenciais ou geadas inesperadas. E o fato de estarmos vendo esse tipo de efeito pelo terceiro ano consecutivo é bastante impressionante”, disse John Barker, diretor-geral da OIV, à agência de notícias Reuters.
A incerteza climática gerou resultados negativos, assim como situações mais favoráveis. Enquanto, a França registrou sua menor colheita desde 1957, e a Espanha teve o seu menor nível em 30 anos, a Itália voltou a níveis normais, com aumento de 8% da produção.
A Moldávia e a Suíça esperam por crescimento de 18% e 20% respectivamente da sua produção, e previsão acima da média.
Os Estados Unidos registrou variação de 3% em relação ao ano anterior, porém, continua abaixo da média dos últimos 5 anos.
No hemisfério sul, a África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e o Brasil lideraram uma modesta recuperação de 7% em relação a baixa de 2024, e compensaram o “declínio significativo” da produção do Chile. No entanto, os números seguem 5% abaixo da média dos últimos cinco anos, como reflexo das mudanças climáticas.
Apesar de limitado, o crescimento da produção deve estabilizar os estoques em um cenário de diminuição da demanda no mercado e de incerteza quanto ao comércio internacional.
“A baixa produção pode ser muito difícil para produtores e regiões individuais… mas, de uma perspectiva macroeconômica, é positiva, porque garante que a produção e o consumo estejam mais ou menos alinhados”, avaliou Barker.
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