Xabi Alonso desfrutou de uma carreira gloriosa durante seus 18 anos como meio-campista de Liverpool, Real Madrid, Bayern e seleção espanhola, entre outras equipes. Hoje, aos 41 anos, ele vive seus primeiros dias de sucesso em uma nova função. Treinador do Bayer Leverkusen há pouco mais de seis meses, o ídolo espanhol virou sensação na Alemanha e passou a ser cobiçado por gigantes da Europa.
Invicto há 13 jogos e com bons números sob comando de Alonso (17 vitórias, seis empates e sete derrotas), o time do oeste alemão é semifinalista da Liga Europa e está vivo na briga pela classificação para a próxima Champions League. O sucesso do trabalho fez seu nome virar pauta de especulações envolvendo dois de seus ex-clubes, o Liverpool e o Real Madrid.
O êxito chama atenção, pois se trata do primeiro trabalho de Xabi em uma equipe profissional. Antes, ele treinou por três temporadas o time B do Real Sociedad, clube do País Basco no qual foi revelado. Nas últimas semanas, o tabloide Mirror, da Inglaterra, e o diário Mundo Deportivo, da Espanha, cogitaram a chegada do ex-jogador aos clubes que brilhou dentro de campo.
Sobre a possibilidade de ser o substituto de Carlo Ancelotti no Real Madrid, Xabi desconversou e não escondeu a admiração pelo italiano, que é o plano A da CBF para assumir a seleção brasileira ao final da temporada.
“É muito difícil falar sobre rumores e possibilidades, tenho um carinho muito grande pelo Carlo por tudo que vivi com ele. Pela personalidade dele, porque todos os jogadores que estiveram com ele têm ótimas lembranças. É uma pessoa muito especial, num clube muito especial, com um desafio muito grande, que é conseguir vencer a Champions League”, disse o espanhol, campeão da Champions de 2014 pelo Real ao lado de Ancelotti.
Os elogios não cessam. De acordo com o diário espanhol As, “Xabi Alonso revolucionou o Leverkusen. E a Bundesliga também”. Meses antes, o treinador concedeu entrevista ao próprio jornal e revelou qual estilo de jogo que busca aplicar a suas equipes.
“Você tem que misturar, não precisa ter um só. A minha ideia é que a equipe tem de perceber perfeitamente a nossa estratégia. Queremos jogar dominante e intensos. Eu era meio-campista, então gosto de controlar os jogos. Quero criar uma mentalidade vencedora, só assim você pode olhar longe.”
Na ocasião, questionado sobre a escalação do brasileiro Paulinho, que vinha recebendo poucas chances, foi claro: “Todos os jogadores partem do zero comigo, incluindo Paulinho. Eu disse aos atletas: as escalações não sou eu quem faz, são vocês que as fazem com o que demonstram em campo”. O atacante acabou deixando o Leverkusen em janeiro para reforçar o Atlético-MG.
Xabi revelou que se comunica no vestiário em inglês, espanhol e alemão, e negou que a escolha pelo Leverkusen tenha sido um “trampolim” para objetivos mais altos. “Não olho muito para o futuro. Foco partida a partida, o próximo objetivo é sempre o mais importante”, desconversou.
Com a Placar