Dez anos depois da terrível tragédia norte-americana do World Trade Center, o Palmeiras amargou a sua catástrofe de 11 de setembro ao sofrer uma surpreendente derrota por 3 a 0 contra o Internacional perante a torcida. As principais figuras do clube de Palestra Itália reconheceram que o elástico placar deixa marcas. Por isso, a ordem de Arnaldo Tirone e Luiz Felipe Scolari foi assumir a responsabilidade.
Presidente palmeirense desde o início do ano, Tirone garante que está pronto para as críticas da torcida. ‘Podem pegar no meu pé, eu sou responsável, o presidente é o responsável’, disse o mandatário, sem fugir de seu discurso tradicionalmente ponderado mesmo depois de ouvir seu nome hostilizado pelas arquibancadas do Pacaembu.
Nem mesmo Felipão, ídolo no Palestra Itália em função do título da Libertadores-99, escapou das críticas de parte da torcida. ‘O que esperavam depois de uma derrota por 3 a 0? Que a torcida fizesse festa para o técnico e os jogadores? Eles foram até educados, torceram e viram o time perder. Aí não aceitam’, afirmou. ‘Eu sou o responsável, o Palmeiras não joga bem faz algumas partidas’, emendou.
De forma espontânea, Felipão declarou que a culpa pela má fase do Palmeiras não pode ser direcionada aos diretores. No Campeonato Brasileiro, a equipe paulista acumula quatro rodadas sem vitória – foram dois empates e duas derrotas.
‘Quero isentar a direção do Palmeiras que não tem a ver com o trabalho de campo no sentido de fazer algo melhor. Eles começaram a organizar uma situação do clube, agora está estável. Eles fazem o melhor. Nós que não estamos fazendo o normal’, avisou Scolari.