O anúncio da contratação do finlandês Kimi Raikkonen pela equipeLotusRenault da Fórmula 1 pegou o brasileiro Rubens Barrichello de surpresa.Antes considerado adversário do campeão mundial de 2007 por uma vaga naWilliams para a temporada 2012, o piloto tentou fugir do assunto durantecoletiva de imprensa para anunciar um novo evento, o Rally de SãoPaulo, mas disse que espera poder divulgar boas novidades sobre suacarreira em breve.
‘Quando vocês ouviram que ia ter a coletiva, tenho certeza que pensaram que seria sobre o meu futuro, infelizmente não é. Mas quem sabe em breve eu poderei falar de algumas coisas que estão acontecendo’, disse Rubinho, no centro de treinamento do Corinthians. ‘O anúncio do Raikkonen mostra como as coisas na Fórmula 1 acontecem muito por trás das cortinas, é difícil saber do futuro, mas estou contente com tudo o que está acontecendo e minha vontade vai superar tudo’, afirmou.
Com 39 anos de idade, Rubinho encerrou neste domingo sua 19temporada na Fórmula 1, no Grande Prêmio do Brasil. Há dois anos com a Williams, ele tenta renovar seu contrato para pilotar por seu 20ano seguido na elite do automobilismo mundial, mas pode ser preterido por competidores que levem patrocínio à escuderia inglesa. Um acerto com a Lotus Renault aparecia, antes da contratação do finlandês, como alternativa caso não conseguisse novo vínculo com o time de Frank Williams.
‘Nessas semanas eu não leio nada, para não entrar em energia de gente que tem costume de inventar coisas. Boato é a coisa mais fácil de criar no mundo. Mas eu estava vindo para cá e minha mulher me ligou e avisou do Raikkonen. Esse é meu conhecimento da coisa e também me pega de surpresa. Mas a minha maior chance sempre foi na Williams’, disse.
Mesmo com o futuro indefinido, Barrichello tenta manter o bom-humor para tratar do assunto. Após o fim do Mundial de F-1, ele participa de eventos e treina para o Desafio das Estrelas, evento de kart promovido por Felipe Massa em Florianópolis, esperando umanovidade que possa pesar em seu acerto com a Williams.
‘Piloto gosta do que faz, é uma coisa contagiante. Não consigo me mexer a não ser com o volante na mão. Hoje estou aqui, amanhã vou treinar de kart. Minha vida é baseada nisso. Mas é claro que esse treino de kart eu faço com os dois telefones no bolso. Se vibrar, eu paro para atender, porque estou esperando uma resposta lá de fora’, brincou.