O continente sul-americano inicia nesta sexta-feira a longa caminhada de mais de dois anos para definir os representantes da Copa do Mundo de 2014. A boa notícia às seleções que frequentemente não carregam muitas esperanças de classificação é a ausência do Brasil, classificado com antecipação por ser a organizadora do torneio.
Assim, países como Colômbia, Equador, além dos azarões Venezuela e Peru, estão mais confiantes em firmar uma boa campanha. A América do Sul vai classificar as quatro melhores seleções das Eliminatórias de forma direta, além de a quinta colocada disputar a repescagem contra um adversário de outro continente que será definido em sorteio.
Antigo saco de pancadas da América do Sul, a Venezuela é o único representante do continente que nunca jogou a Copa. Ainda assim, aposta na evolução dos últimos anos que o levou ao quarto lugar da Copa América de 2011. ‘Estamos fazendo todos os esforços para alcançar a principal meta que nós pretendemos, que é a classificação para o Mundial’, exalta o técnico do país, César Farias.
Já o Peru, último colocado da edição passada das Eliminatórias, já disputou a Copa do Mundo em quatro oportunidades e foi o terceiro melhor da Copa América. O técnico Sergio Markarián alerta que, mesmo com ausência do Brasil, sua equipe não terá vida fácil. ‘Precisamos ficar unidos porque vai ser duro’, diz.
Três das quatro vagas diretas da América do Sul têm os favoritos: Uruguai, Argentina e Paraguai. Com a base do grupo no futebol europeu, essas equipes também devem brigar pela primeira colocação – e o título simbólico – das Eliminatórias.
‘Queremos esquecer o mau resultado na Copa América e, sem o Brasil, somos os candidatos a classificar em primeiro’, afirmou o argentino Ángel Di Maria. ‘Nós temos direito de estar confiantes porque o grupo deu ótimas respostas nos últimos torneios’, emendou o uruguaio Diego Lugano, ídolo dos são-paulinos.
Principal candidato à quarta vaga direta, o Chile inicia o torneio sem a sua principal estrela, o atacante Alexis Sánchez, do Barcelona, da Espanha, contudo a ordem é exaltar a qualidade do grupo. ‘Nós temos equipe para ganhar de qualquer adversário’, explicou o próprio Sánchez, que foi liberado pelo time espanhol para se recuperar de um problema muscular no seu país.
Para Colômbia e Equador, há uma possibilidade real de disputa, pelo menos, pela chance de jogar a repescagem. Contudo, a falta de confiança aflige as duas equipes que já deram trabalho aos favoritos. ‘Teremos muitas dificuldades para jogar contra a Bolívia’, adverte o colombiano Falcão García sobre a estreia contra a Bolívia, fora de casa, apenas na terça-feira, já que o país folga na abertura.
Ao Equador, o início da caminhada nas Eliminatórias reserva um confronto em casa contra a Venezuela, em casa. No passado, o confronto era considerado uma ‘barbada’. Agora, os equatorianos tratam o jogo como uma decisão, já que o rival foi responsável pela eliminação do país na Copa América. ‘Temos que ganhar ou ganhar’, decreta o atacante Guerrón, do Atlético-PR.
Na Bolívia, as esperanças de uma vaga são remotas, mas a ordem é se apegar ao bom jogo feito contra a Argentina na Copa América, no empate por 1 a 1. Na primeira rodada das Eliminatórias, o adversário será o Uruguai, em Montevidéu. ‘Nossa meta é causar uma surpresa à melhor seleção sul-americana’, avisa o técnico Gustavo Quinteros.