Willian não balança as redes adversárias desde 14 de agosto, quando marcou o único gol da vitória do Corinthians sobre o Internacional. O jejum, entretanto, não incomoda o atacante, que atua fora da posição predileta, em que ele se destacou na carreira, e ajuda na marcação.
‘Você vai ser sempre cobrado por não fazer gol, mas o todo mundo reconhece, principalmente o treinador, a forma que a gente com a qual a gente colabora’, disse o camisa 7, principal alvo das alterações do técnico Tite no Campeonato Brasileiro. Nas 21 rodadas em que iniciou como titular, o antigo talismã foi substituído 14 vezes, sendo a última delas no domingo, quando deixou o campo no segundo tempo para o meia Morais suprir expulsão de Emerson diante do Bahia.
‘Tenho que respeitar a decisão do treinador. Eu quero sempre jogar e fazer o melhor, ajudando meus companheiros. Você fica chateado (por sair), mas tem que respeitar. Às vezes acontece de algum jogador ser expulso, e tem que sair atacante mesmo. Mas tiro isso de letra’, completou.
Willian era considerado o talismã do Corinthians durante o Campeonato Paulista. Sempre que entrava no lugar de Dentinho, decidia com gols ou lances importantes. Contratado junto ao Figueirense no começo do ano, ele ganhou a titularidade na ponta direita do ataque a partir da negociação do atacante da base para o Shakhtar Donetsk (Ucrânia) ao final da competição estadual. Em Florianópolis, porém, o atacante tinha predileção para cair pelo lado esquerdo.
‘Mas eu me adaptei bem à essa formação. No começo do ano, o Tite teve uma conversa franca comigo. Eu sempre gostei de jogar pelo lado esquerdo, me movimentava dos dois lados, mas mais pelo esquerdo. Mas encarei a oportunidade, abracei a ideia para fazer meu melhor e não vejo nada demais nisso. Até acho moderno esse esquema’, concluiu o atacante, que, mesmo em jejum, é vice-artilheiro (com cinco gols, quatro a menos do que Liedson) e querido pela torcida.