O tradicional frio curitibano favoreceu a realização da sétima etapa do Circuito Brasileiro de Corridas, neste domingo. Os quenianos dominaram e estabeleceram novas marcas para o percurso de 10 quilômetros. No masculino, Hillary Kibet cravou 29min20s, enquanto entre as mulheres Jackyne Chemwek fez 34min07s. Gilmar Silvestre Lopes e Sueli Pereira Silva foram os melhores brasileiros.
No momento da largada da elite feminina, às 8 horas, a temperatura era de apenas 11 C graus, mas a garoa parou. Logo as favoritas africanas forçaram o ritmo e foram acompanhadas apenas por Sueli Pereira da Silva. Na metade do percurso, Jackyne e Sueli abriram vantagem sobre a tanzaniana Anastazia Ghamaa. Faltando dois quilômetros, a queniana aumentou a velocidade e garantiu seu primeiro título no Brasil.
‘O percurso é maravilhoso e a única dificuldade que tive foi o ritmo forte da Sueli, uma ótima corredora. Ela me perseguiu o tempo todo, mas confiei no meu sprint nos últimos quilômetros’, contou a atleta de 28 anos, que chegou ao Brasil nesta semana em sua primeira viagem internacional. Ela faz parte da equipe da Luasa, comandada por Luiz Antonio dos Santos, em Taubaté, e ficará no Brasil até 16 de dezembro.
Já Sueli ficou satisfeita por terminar como melhor brasileira, mesmo resultado da etapa anterior. ‘Gostei muito do percurso, bem variado, e colei nas africanas desde o início. No final, a queniana puxou e não consegui acompanhar. Mesmo assim, o resultado foi bom e me ajudou a buscar o objetivo de ficar entre as três primeiras do ranking nacional’, disse a atleta, quinta na lista liderada por Conceição de Maria Carvalho.
Hillary Kibet chegou ao Brasil nesta semana, junto com Jackyne. E fez o mesmo que sua companheira da equipe Luasa. Correu o tempo todo na frente, acompanhado pelo compatriota Joshua Kemei, o tanzaniano Marco Joseph Marco e o mineiro Gilmar Silvestre Lopes, da equipe Pé de Vento. A partir do sétimo quilômetro, Hillary aumentou o ritmo para vencer com o novo recorde do percurso.
Sorrindo e brincando com os integrantes da sua equipe, o queniano contou que queria fazer a nova marca para garantir o prêmio extra de R$ 1 mil (pela vitória, ganhou R$ 4 mil). ‘O percurso é muito bom e só tive alguns problemas, próximo à chegada, com os retardários que correram 5 quilômetros. Mesmo assim, consegui bater o recorde’, contou o corredor de 26 anos, que pretende voltar ao Quênia no dia 16 de dezembro.
Gilmar foi mais uma vez o melhor brasileiro, assim como na etapa anterior. ‘Acompanhei os quenianos até o sétimo quilômetro, mas senti um pouco de cansaço pela sequência de provas e procurei garantir o terceiro lugar na minha estreia em Curitiba’, afirmou. Com cinco pódios nas sete etapas do Circuito, ele soma 192 pontos no ranking e está a nove do líder Giomar Pereira da Silva, do Cruzeiro.