A diretoria não confirma nem desmente nenhuma punição a Luis Fabiano, mas já houve uma conversa com o jogador. A intervenção foi uma sugestão de Emerson Leão. Após o jogador receber o terceiro cartão amarelo na terceira rodada do Brasileiro, todos como advertência por reclamação, o técnico pede nova atitude para torná-lo um ‘grande profissional’.
‘Quando você trata de um atleta ou filho, não é só alisar. Tem hora que é preciso mostrar a realidade. É necessário tomar outra atitude’, explicou o treinador. ‘É um grande artilheiro, e estamos forçando para se tornar também um grande profissional. Até uma eventual punição é para demonstração’, continuou o ex-goleiro.
Leão sorriu, sem dizer se o jogador deixará de ser capitão – o camisa 9 já manifestou sua vontade de continuar com a função. Mas novas suspensões por exagerar no trato com o árbitro não serão mais assimiladas com a mesma compreensão. A mudança de atitude virou uma cobrança.
‘Já passou da hora de ele diminuir seus efeitos negativos. E ele sabe disso. O Luis se mostrou entendedor daquilo que o clube se propôs a falar para ele e não esboçou nenhum tipo de agressividade. Mas o mais importante não é só palavra, é a demonstração que vem com o tempo’, relatou Leão, pedindo inteligência.
‘Esperamos que a inteligência do Luis fora e dentro de campo seja como a que ele tem para fazer gol. Precisamos do Luis sempre dentro do gramado e ele tem sido privado não por contusão ou por não estar bem, mas por variação de conduta. Na semifinal (do Paulista), o Luis não jogou e fez falta. Queremos um foco definido’, disse, lembrando da derrota para o Santos da qual o artilheiro não participou por suspensão.
O maior desejo do técnico é que Luis Fabiano mostre experiência para, ao menos, não esquecer em campo das orientações dadas antes das partidas. Leão conta que sempre dá o perfil dos árbitros, solicitando que as reclamações sejam moderadas ou nem existam, indicação que esperava ser assimilada por seu centroavante.
‘O Luis Fabiano tem mais de 30 anos, passou a maior parte da carreira no exterior, está acostumado a tudo. Existe um controle individual e emocional que, às vezes, ele perde. E me preocupo com isso porque, além de ser capitão, sempre adentramos no assunto com o perfil do árbitro para que, se houver amarelo, não seja por reclamação’, comentou.