Bicampeão da Libertadores pelo Santos, em 1962 e 1963, Pelé não vê favorito na decisão do torneio, nesta quarta-feira, às 21h50 (de Brasília), no Pacaembu. Na torcida pelo Corinthians, clube com o qual tem uma simpatia, o ex-camisa 10 do Peixe avisou que, para vencer o torneio, o time paulista não pode mudar seu estilo diante do Boca Juniors.
‘Não tem receita para este jogo, ele é único. Mas, se eu estivesse na posição do Corinthians, não mudaria nada, porque é isso que complica na decisão. Quando estava no Santos, jogávamos na Bombonera e vencemos, porque sabíamos que não deveríamos mudar nossa forma de atuar’, explicou o ex-jogador, em evento do patrocinador da Libertadores.
Ídolo santista, Pelé contou sua empatia com o Corinthians, seu time no jogo de botão que ganhara de sua tia Maria, quando, ainda criança, morava em Bauru (SP) – o rival era o Palmeiras, de seu irmão Zoca. A escolha pelo Timão acontecera pelo fato de Zoca ser torcedor alviverde, que consequentemente adotou o Verdão.
Pelé seguiria para o Santos, onde teve uma rica história – recheada de conquistas, sendo muitas delas em cima do alvinegro paulista. ‘Eu ganhei tanto do Corinthians, como eu vou ter raiva deles? Só me dão alegria (risos)’, disse o ex-jogador, retrucado por Gobbi: ‘sofri muito nesta época’.
Apesar da rivalidade existente entre Santos e Corinthians, Pelé explicou que sua torcida pelo Timão se dá pela vontade de ver mais um brasileiro levantando a taça da Libertadores. Após dar conselhos à equipe do técnico Tite, pediram para que o embaixador do torneio também mostrasse o caminho para o Boca levar a taça. ‘Pela experiência que eles têm, não precisa falar muito’, despistou.
No primeiro jogo da final, Corinthians e Boca Juniors ficaram no empate, em La Bombonera, por 1 a 1. As duas equipes voltam a se encontrar, desta vez no Pacaembu, e ambas dependem apenas de uma vitória para tornar-se campeã. Nova igualdade leva o jogo para a prorrogação e, caso não haja vencedor até lá, o jogo segue para os pênaltis.