Thomaz Bellucci só voltará a competir no ATP 250 de Quito, no Equador, que começará em 5 de fevereiro. Ele testou positivo no exame antidoping realizado em 18 de julho, na disputa do ATP de Bastad, na Suíça, para a substância hidroclorotiazida e está suspenso até o próximo dia 31. O tenista alega que consumiu multivitamínicos contaminados e que isso teria causado o resultado positivo. “Jamais tomei algum tipo de suplemento ou qualquer outra substância que fosse me favorecer ou que fosse infringir as regras do fair-play do esporte. Nunca poderia imaginar que um multivitamínico feito em uma farmácia de manipulação pudesse sofrer contaminação cruzada em doses mínimas”, disse o atleta.
A substância hidroclorotiazida é proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e, em sua defesa, Bellucci enviou frascos do multivitamínico para análise em laboratório dos Estados Unidos e Canadá, que comprovaram a contaminação em diversos frascos. Ele também fez exames de urina e cabelo, voluntariamente, para provar a sua inocência.
A Federação Internacional de Tênis analisou os argumentos de Bellucci, mas puniu o jogador por achar que ele deveria ter observado melhor os frascos. Por isso, a entidade colocou uma pena branda, de apenas cinco meses, em uma situação que poderia tirar o jogador de ação por até quatro anos. A suspensão teve início em 1° de setembro de 2017 e termina no próximo dia 31. “Fiquei muito chocado com tudo o que aconteceu e tomarei as medidas cabíveis contra a farmácia de manipulação, pois esse erro prejudicou minha carreira”, comentou o tenista, que embarca nesta quinta-feira para os Estados Unidos e já pensa na sequência da temporada.
Aos 30 anos, nascido em Tietê, no interior paulista, o tenista não entra em quadra desde o US Open, em agosto, e vinha se recuperando de uma ruptura do tendão de Aquiles. De mudança para a Flórida, nos Estados Unidos, começou 2017 como 61° do mundo, mas no ranking desta semana está na 112ª posição, que o deixa fora da chave principal das maiores competições.