O Santos não é só Neymar e Paulo Henrique Ganso. Quem garante é o técnico Muricy Ramalho, satisfeito com todo o seu elenco depois da vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo, que classificou o time do litoral para a final do Campeonato Paulista, contra o Guarani.
‘Nossa defesa foi muito forte. O Adriano, a dupla de zaga… O Elano jogou para o time. Enfim, tivemos uma equipe solidária, bem posicionada em campo. Sem um time inteiro, você não vence o São Paulo no Morumbi’, argumentou o comandante santista. ‘Mas sabemos que, do meio para a frente, somos muito perigosos. Se a bola cai no pé do Neymar, ele desequilibra’, rendeu-se.
Até os atacantes menos badalados do Santos fazem questão de partilhar os méritos pelo bom momento. ‘Temos uma equipe aguerrida, que joga junta. Existe o talento individual do Neymar, que está de parabéns porque provou que decide os jogos. Mas é o grupo que decide os campeonatos’, afirmou o atacante Alan Kardec, que ganhou a vaga de Borges entre os titulares.
Para fortalecer o argumento de Kardec, Muricy lembrou que Borges precisa aceitar a situação atual para voltar a ser útil para o Santos. ‘Daqui a pouco, ele retorna à equipe. Nunca desisto de jogador, e eles sabem disso. Faço as trocas em benefício do time, e não contra os atletas. Sei que o Borges vai entender porque me conhece há muito tempo’, afirmou o treinador.Apesar dos elogios generalizados, todos no Santos são muito mais entusiasmados ao falar de Neymar. ‘Ele é um moleque de bem com a vida, responsável, educado e humilde. Sou muito contente por trabalhar com um cara desse nível. Na minha idade, não dá mais para aguentar jogador mala’, sorriu Muricy Ramalho, aproveitando para brincar com o seu astro, que concedia entrevista ao seu lado. ‘Não vá acreditar nos caras que dizem que você jogou bem, hein? Foi mais ou menos.’