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Modric, o craque no caminho do Brasil: ‘Nunca subestime um croata’

Aos 37 anos, lenda do Real Madrid e melhor jogador do mundo em 2018 diz estar desfrutando de cada momento em seu último Mundial

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 dez 2022, 06h42 - Publicado em 6 dez 2022, 06h41

DOHA – Ele é baixinho e franzino, mas com sua visão de jogo, técnica apurada e dedicação se consolidou como um dos gigantes da história da Copa do Mundo. Aos 37 anos, Luka Modric segue liderando a seleção da Croácia em mais uma campanha memorável. Vice-campeão em 2018, ano em que faturou todos os prêmios individuais (Melhor Jogador do Mundial, Bola de Ouro, The Best da Fifa e mais), o craque do Real Madrid agora tentará a maior de suas façanhas na competição: eliminar o pentacampeão Brasil, dia 9, nas quartas de final.

Modric conversou com jornalistas depois da agônica classificação croata após empate em 1 a 1 nos pênaltis contra o Japão, nas oitavas de final. Naquele momento, Brasil e Coreia do Sul ainda não haviam jogado e, respeitosamente, o meio-campista não quis tratar como certo o duelo contra um deles, mas deixou claro não temer a ninguém. “Nunca subestime um croata. Sempre que isso acontece, a pessoa se arrepende. Vamos lutar até o fim”, disse o refugiado de guerra mais famoso do futebol.

Modric nasceu e cresceu na vila de Modrici, no vilarejo de Zaton Obrovacki, ao norte da cidade de Zadar, na Croácia, que à época ainda pertencia à antiga Iugoslávia. Em 1991, quando tinha apenas seis anos, a Guerra dos Bálcãs lhe deixou uma marca profunda: um ataque de um grupo pró-Sérvia matou sete anciãos da aldeia, incluindo seu avô, também chamado Luka Modric. A família, assustada, fugiu para uma cidade próxima e viveu durante anos em hotéis que abrigavam refugiados. Foi ali onde Modric deu seus primeiros chutes, amparado pela mãe e a irmã, enquanto o pai defendia o Exército croata. 

Luka Modrić e Marta, melhores jogadores do mundo - The Best Fifa 2018
Luka Modrić e Marta no prêmio da Fifa de 2018 (Ben Stansall/AFP)

Foi, portanto, o terror da guerra que forjou o espírito destemido do franzino meio-campista, dono de cinco títulos da Liga dos Campeões pelo Real Madrid e agora guiando sua seleção a mais uma campanha histórica. “É claro que é por mérito próprio o que estamos fazendo, é algo grande estar novamente entre os oito melhores, fizemos por merecer. É bonito estar ao lado das melhores seleções.”

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Apesar de ter sido substituído em razão do evidente cansaço, Modric evitou cravar que este será seu quarto e último Mundial. “Estou desfrutando de cada momento, cada treino, cada minuto com os companheiro e só penso nisso.” Ele ainda brincou com mais uma classificação suada (na Copa da Rússia, o time eliminou Dinamarca e Rússia nos pênaltis e a Inglaterra na prorrogação). “Parece que a gente não consegue vencer sem drama. Mas estamos mais do que felizes de estar nas quartas de final.”

Contra o Brasil, Modric duelará contra companheiros e ex-colegas de Real Madrid, como Vinicius Junior, Eder Militão, Casemiro e Danilo, com quem mantém forte amizade. Em 2017, após a conquista da Liga dos Campeões, o camisa 10 brincou ao posar para fotos com Marcelo, Roberto Carlos, Casemiro e Danilo. “Sou croata, mas jogo como brasileiro.”

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Brasil e Croácia se enfrentaram quatro vezes na história, sendo duas em Copas do Mundo. Em 2006, a seleção brasileira venceu por 1 a 0, com de Kaká, e na abertura do Mundial de 2014, por 3 a 1, com dois gols de Neymar. O último jogo aconteceu dias antes da Copa do Mundo de 2018, quando a seleção sul-americana venceu por 2 a 0, em Liverpool. O duelo das quartas de final acontece dia 9, às 12h (de Brasília), no estádio Cidade da Educação.

 

 

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