Principal arma ofensiva do Palmeiras, a bola parada de Marcos Assunção não leva tanta preocupação a Emerson Leão. Com cinco dias para treinar, o técnico crê ter a solução para anular as investidas aéreas do adversário do jogo deste domingo, no Pacaembu. E já cobra: seus zagueiros não serão poupados em caso de falha.
‘Com beque de 1,90m, a bola alta é dele. Não tem conversinha’, afirmou o treinador. Sem Xandão, suspenso, o ex-goleiro tem à disposição dois defensores com esta altura: Rhodolfo, de 1,93m, e João Filipe, de 1,90m. As outras opções são Bruno Uvini, de 1,87m, e Luiz Eduardo, 1,84m.
O mais provável é que Rhodolfo tenha Bruno Uvini como colega, mas o mais baixo que não cogite escapar de algum castigo. Leão costumeiramente trabalha as bolas aéreas defensivas e, na tarde desta quinta-feira, mandou que seu auxiliar e sobrinho, Fernando Leão, cuidasse desse exercício, exercido somente por zagueiros e laterais.
Os zagueiros, inclusive, se enfrentavam na prática para ganhar pelo alto, alternando as duplas. Até Fernando Leão se posicionou como centroavante, trombando com os atletas. Será assim no clássico de domingo. ‘Os erros de posicionamento podem ser corrigidos em treino. Já melhorou’, comentou Leão, que chegou ao clube considerando o quesito como um dos que mais precisavam de evolução.
Sempre otimista e confiante em relação à sua equipe, o comandante do São Paulo não admite que um mérito já conhecido de um rival seja considerado insuperável. ‘Se o Palmeiras tem a bola parada boa, temos que evitar que essas bolas aconteçam. Se tivermos que enfrentá-las, precisamos estar preparados.’
A estratégia é clara: impedir faltas próximas à área. Caso elas ocorram, cabe a Rhodolfo se posicionar para cortar na primeira trave, enquanto o restante deve acompanhar seu marcador e ganhar pelo alto. Isso será cobrado em todos os dias até o clássico de domingo. ‘A correção total nunca vai acontecer, tem sempre algo para refazer. Há sempre espaço para aprender e treinar’, falou o exigente Leão.