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Kaká tem tudo para voltar a brilhar

Especialistas acreditam que meia pode superar os seguidos problemas físicos

Por Ana Carolina Cordovano e Davi Correia
13 ago 2010, 22h00

A notícia da inesperada artroscopia no joelho esquerdo de Kaká levantou uma dúvida nos torcedores: será que o meia de 28 anos tem condições de voltar a jogar em plena forma? Especialistas em medicina esportiva garantem que sim.

Foi a segunda intervenção cirúrgica no mesmo local – a primeira ocorreu em maio de 2008. O jogador também vem sofrendo contusões musculares pelo menos desde 2006. Na sexta-feira, os principais jornais europeus noticiaram que o camisa 10 da seleção tomou injeções de analgésicos e anti-inflamatórios para conseguir atuar.

“As lesões que ele tem não são as que podem acabar com a carreira. Ele é novo. Vai se tratar e voltar a ser o que era”, afirma Paulo Zogaib, especialista em Medicina Esportiva e Fisiologia do Exercício e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “A pubalgia (problema enfrentado na temporada passada) normalmente se resolve, não faz parar de jogar. Os piores casos são aqueles em que não se consegue recuperar a cartilagem, o que não é o caso”, explicou Zogaib, que trabalha no Palmeiras.

Moises Cohen, chefe do Centro de Traumatologia do Esporte da Escola Paulista de Medicina, também acha exagero falar em fim de carreira. “Largar o esporte por causa disso tem que ser um caso muito grave”. Joaquim Grava, médico do Corinthians e um dos profissionais mais procurados por jogadores na hora de fazer uma cirurgia, vai além. “Em 21 anos de carreira não conheço ninguém que abandonou o futebol por causa desse tipo de problema.”

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Uma artroscopia, o tipo de cirurgia indicada para tratar de problemas na cartilagem do menisco, não ameaça tirar o jogador dos gramados. Segundo nota oficial emitida Real Madrid, a lesão tinha mínima afetação na cartilagem. Fazer uso de infiltração para adiar uma intervenção cirúrgica é comum no esporte de alto rendimento, embora não seja recomendado pelos médicos. “Desde que o atleta esteja fazendo tratamento específico porque, caso contrário, você estará mascarando uma lesão, tirando a dor, e colocando o jogador em campo”, explica Zogaib.

Fracasso em Madri – Antes do problema no joelho, Kaká sofreu com dores no púbis na última temporada. Comprado por 65 milhões de euros pelo Real Madrid, o meia ainda não justificou em campo esse valor. Ficou fora do time em vários jogos e fez apenas nove gols. Pouco para quem marcou 95 em seis temporadas no Milan. Pior para os fãs merengues, o rival Barcelona voltou a brilhar. A imprensa espanhola chegou a dizer que ele estava se poupando para a Copa. O jogador nega. Em entrevista ao jornal espanhol Marca, ele disse que também fez infiltração para defender o Real.

O brasileiro sonha em voltar a jogar como em 2007, seu auge no Milan, quando conquistou entre outros torneios a Liga dos Campeões. O bom desempenho lhe valeu os mais importantes prêmios do futebol mundial: o de melhor jogador, organizado pela Fifa, e o da Bola de Ouro, criado pela tradicional revista France Football. “Sofro porque não posso mostrar quem é o verdadeiro Kaká”, disse o jogador, que negou ter arriscado sua carreira ao disputar a Copa sem estar 100%. “Não sou irresponsável”. O tempo estimado de recuperação da artroscopia é de três a quatro meses.

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