A garra extra demonstrada na vitória de quarta-feira sobre o Grêmio, quando o Corinthians teve dois jogadores expulsos, se explica. O time precisava vencer de qualquer maneira para não deixar a liderança e consequentemente não abrir motivo para a demissão do técnico Tite.
Segundo Julio Cesar, um dos principais líderes da equipe, o elenco se reuniu para tratar do assunto antes da partida, na concentração. ‘Nós conversamos bastante antes do jogo, nos fechamos. Dissemos que tínhamos que jogar por nós e pelo Tite, que é uma pessoa maravilhosa. A gente teve muito prazer em correr e jogar por ele’, revelou o goleiro.
Tite assumiu o time em outubro de 2010 e fechou o ano passado com cinco vitórias e três empates, mas na terceira posição do Campeonato Brasileiro. Nesta temporada, amargou a eliminação precoce na Copa Libertadores e o vice-campeonato paulista, mas leva o Corinthians à primeira colocação da competição nacional, apesar de altos e baixos.
O ambiente interno do time, segundo Julio Cesar, é muito bom e não tem a ver com essa queda de rendimento apresentada nas últimas rodadas. ‘Nosso grupo é o mais unido em que eu já trabalhei’, reforçou o camisa 1, sem deixar de entender a cobrança recente dos torcedores. ‘A gente sabe que estava muito pressionado e que uma derrota (para o Grêmio) poderia desencadear um monte de cobrança a mais, e com razão’.
A manutenção – ou sobrevida – de Tite no comando técnico é uma luta particular do presidente Andrés Sanchez. O mandatário atribui os maus resultados da equipe à atuação dos jogadores.