Considerado por muitos o maior zagueiro da história do Grêmio e um dos principais de todos os tempos do futebol brasileiro, o ex-jogador Aírton Ferreira da Silva, 77 anos, morreu nesta terça, vítima de uma infecção generalizada. Pavilhão, como era conhecido, foi internado na última sexta-feira no Hospital Ernesto Dornelles em estado grave, e não resistiu, falecendo por volta das 15h desta terça.
Aírton surgiu no Força e Luz, antigo clube da capital gaúcha. Com participação destacada nos campeonatos citadinos, foi comprado pelo Grêmio em 1954, aos 20 anos, por 50 mil cruzeiros mais o antigo pavilhão da Baixada, primeiro estádio gremista. Daí surgiu o apelido de Aírton Pavilhão. Era conhecido por ser um zagueiro de alta técnica, que jogava de cabeça erguida e raramente cometia faltas.
Aírton atuou no Grêmio por 13 temporadas. Em sua primeira passagem, de 1954 a 1960, conquistou cinco títulos gaúchos. Depois disso, transferiu-se para o Santos de Pelé, mas retornou ao Tricolor em 1961. Deste ano até 1967, ganhou seis de sete estaduais possíveis, contabilizando 11 canecos em 13 disputados.
O velório de Aírton será feito no salão nobre do Conselho Deliberativo do Grêmio, no Estádio Olímpico, a partir das 22h desta terça. O enterro será na tarde desta quarta, no Cemitério João XXIII, em Porto Alegre.