Buenos Aires, 26 out (EFE).- Presidente da Associação do Futebol Argentino (AFA) desde 1979, Julio Grondona começou nesta quarta-feira seu nono mandato à frente do organismo, depois de ter sido reeleito na semana passada, em meio a um escândalo e com a rejeição de cartolas de clubes do interior do país.
A entidade reitora do futebol argentino elegeu o complexo esportivo onde treinam a seleção principal e as de base, situado na cidade de Ezeiza, na província de Buenos Aires, para que Grondona assumisse formalmente o cargo por outros quatro anos. Na reunião, também ficou formado o novo Comitê Executivo da associação.
No último dia 18, em uma assembleia da qual participaram 46 dos 49 representantes de clubes com direito a voto, o cartola de 80 anos foi reeleito de forma unânime.
Em uma assembleia paralela realizada nos corredores da sede do organismo, 52 dirigentes de outros 66 clubes do interior do país elegeram como presidente o empresário Daniel Vila, proprietário de alguns meios de comunicação e titular do Independiente Rivadavia, de Mendoza, da segunda divisão.
Segundo o estatuto da AFA, apenas 49 clubes têm direito a voto. Entretanto, Vila lidera um grupo de dirigentes de clubes do interior dizem quere democratizar o futebol do país.
Em 32 anos à frente da AFA, Grondona teve um opositor apenas uma vez, em 1991, quando concorreu com o ex-árbitro Teodoro Nitti, que só obteve um voto. EFE