Por AE
Hinwii, Suíça – Em março deste ano, o Japão passou por uma das maiores tragédias de sua história. Um terremoto de grande escala aliado a um tsunami gerado por ele matou centenas de pessoas, deixando outras milhares desabrigadas. Quase sete meses depois, o país receberá o GP do Japão de Fórmula 1, no próximo dia 9 de outubro, dando provas de sua recuperação.
Para o piloto japonês Kamui Kobayashi, a corrida será importante para a população. “Sem dúvida é o caso. O GP é um evento muito grande no Japão, é algo muito positivo para as pessoas e para o país, principalmente pela repercussão internacional que traz. Faz as pessoas felizes, e elas gostam muito de Fórmula 1. Então será muito bom pilotar lá como fizemos nos outros anos, apesar da tragédia”, declarou.
Por conta dos destroços causados pelo terremoto e, principalmente, pelo tsunami, o GP do Japão deste ano chegou a correr risco de não acontecer. Para Kobayashi, a realização da prova só será possível graças à força da população local, mas também à ajuda internacional que o país recebeu.
“Depois das notícias que recebemos em março, as coisas ficaram piores e piores. Acho que o modo que o país se recuperou até o momento é impressionante. Isto aconteceu porque o Japão recebeu muita ajuda de fora e também porque o povo japonês é muito forte e deu um ao outro uma ajuda e um apoio muito grandes. Claro, ainda há muito a fazer, mas o que aconteceu até agora é memorável”, afirmou.
Apesar da recuperação do país, o piloto da Sauber não esquece do momento em que recebeu a notícia sobre o desastre, ainda em março. “Estava testando nosso novo carro em Barcelona. As notícias foram ficando cada vez piores. Era difícil acreditar e mais difícil ainda me concentrar no teste. Me fez lembrar da tragédia de Chernobyl e, acontecendo em um país pequeno como o Japão, comecei a pensar se algum dia poderia voltar para casa e isso não foi fácil. Estava muito emocionado”, relembrou.