Fifa suspende os dois membros acusados de vender voto
Amos Adamu e Reynald Tamarii estão proibidos de tratar de assuntos ligados ao futebol
A Fifa anunciou nesta quarta-feira a suspensão provisória de dois membros do seu Comitê Executivo: Amos Adamu, da Nigéria, e Reynald Tamarii, do Taiti. Os dois são acusados de tentar vender seus votos na eleição da sede para a Copa do Mundo de 2022, marcada para 2 de dezembro.
A denúncia foi publicada na edição de domingo jornal inglês The Sunday Times. Repórteres do diário fingiram ser lobistas americanos interessados na escolha dos Estados Unidos como sede e tentaram negociar os votos. Os dirigentes da Fifa aceitaram a possibilidade de fechar acordo.
O texto conta que o taitiano, presidente da Confederação de Futebol da Oceania, pediu quase quatro milhões de reais para financiar a criação de uma academia de futebol em Auckland, na Nova Zelândia. Amos Adamu, por sua vez, tentou vender seu voto por pouco mais de um milhão de reais, valor que seria destinado para a construção de quatro campos de futebol com grama artificial na Nigéria.
Diante da denúncia, que inclui até mesmos gravações, a Fifa abriu investigação imediata sobre o caso. O tema foi levado ao Comitê de Ética nesta quarta-feira. A medida inicial foi a suspensão provisória de Amos Adamu e Reynald Tamarii. Eles estão proibidos de tratar de qualquer assunto relacionado ao futebol até que tudo esteja apurado.
A entidade confirmou também a continuidade das investigações, sem estipular uma data para o seu final. A expectativa é ter uma solução em 30 dias, antes da escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, nas quais Amos Adamu e Reynald Tamarii estariam entre os 24 membros do Comitê Executivo com direito a voto.
O Mundial de 2022 está sendo disputado por Austrália, Japão, Catar, Coreia do Sul e Estados Unidos. A Copa de 2018 será realizada na Europa, com quatro candidaturas participando da eleição: Inglaterra, Rússia, Espanha/Portugal e Bélgica/Holanda.
(Com Agência Estado)