O sérvio Novak Djokovic e o escocês Andy Murray, primeiro e quarto do mundo, se classificaram nesta quarta-feira para as semifinais do Aberto da Austrália de tênis, onde se enfrentaram na sexta-feira, repetindo a final deste torneio em 2011.
Naquela ocasião, a vitória foi para Djokovic, em que serviu como preâmbulo para um ano impressionante, onde ganhou três dos quatro torneios do Grand Slam e desbancou o espanhol Rafael Nadal do número um da ATP.
Nas quartas de final desta quarta-feira, o sérvio se impôs por 6-4, 7-6 (7/4) e 6-1 ao espanhol David Ferrer, quinto cabeça de chave e muito combativo nas duas primeiras eliminatórias. Já Murray ganhou sem dificuldades o japonês Kei Nishikori, por 6-3, 6-3 e 6-1.
No feminino, a russa Maria Sharapova (N.4) eliminou sua compatriota Ekaterina Makarova (6-2, 6-3), enquanto a tcheca Petra Kvitova (N.2) derrotou por um duplo 6-4 a italiana Sara Errani. As duas vencedoras se enfrentarão nas semifinais.
A partida das estrelas do dia em Melbourne teve Djokovic e Ferrer como protagonistas, no último turno de quarta-feira, e o espetáculo não decepcionou.
‘Djoko’, grande favorito depois de um ano de 2011 extraordinário (10 títulos, três deles do Grande Slam), sofreu em seu duelo contra o espanhol, a quem tinha superado nesta mesma rodada do Aberto da Austrália em 2008, o ano em que ganhou o primeiro de seus títulos em Melbourne.
Ferrer batalhou nos dois primeiros sets, chegando a forçar inclusive o ‘tie break’ no segundo e chegando a estar na frente com 3-1, mas por fim o sérvio conseguiu se recuperar, garantindo o segundo set e encaminhar a partida definitivamente.
No terceiro, com o espanhol emocionalmente abalado depois da grande oportunidade perdida, ‘Djoko’ decidiu o jogo com autoridade, garantindo a sua vaga nas semifinais.
“Depois de um tempo de jogo já comecei a sentir que ia ser uma longa partida. Assumi uma grande vantagem mental para me colocar dois sets à frente”, admitiu o ganhador.
O sérvio teve muitos problemas físicos na reta final da temporada passada e no começo do segundo set pareceu ter problemas em uma de suas coxas, apesar de continuar, aparentemente recuperado, como confirmou depois em coletiva de imprensa.
“Fiz uma boa partida, tive minha oportunidade no segundo set, no tie break, mas não aproveitei e depois, no terceiro, ele jogou melhor do que eu porque já estava muito cansado”, destacou Ferrer.
Murray garantiu sua vaga nas semifinais da Austrália pelo terceiro ano consecutivo e chegou a sua quinta semifinal seguida em um torneio do Grand Slam, depois de ganhar o japonês Nishikori por 6-3, 6-3 e 6-1.
Este último, de 22 anos, por pouco não se tornou o primeiro japonês a avançar para as semifinais de um torneio do Grand Slam na ‘era Open’ (desde 1968), mas poderá se consolar com sua entrada no ‘Top 20’ da ATP na classificação de segunda-feira, pela primeira vez em sua carreira.
“Estive um pouco mais sólido que ele e provavelmente teria mais forças reservadas. Ele tinha jogado três partidas longas e com seu estilo de jogo necessita trocas de bolas maiores, isso foi uma vantagem para mim hoje”, explicou o jogador britânico.
Na terça-feira, as semifinais do Aberto australiano tinham começado a ficar perfiladas.
O espanhol Rafael Nadal (N.2) e o suíço Roger Federer (N.3) se enfrentarão por um lugar na final, depois de ganhar nas quartas do tcheco Tomas Berdych (N.7) e do argentino Juan Martín Del Potro (N.11), respectivamente.
Por sua vez, a bielorrusa Victoria Azarenka (N.3) e a belga Kim Clijsters (N.11) passaram na terça-feira a ‘semi’, depois de ganhar a polaca Agnieszka Radwanska (N.8) e a dinamarquesa Caroline Wozniacki (N.1).