Mesmo em situação complicada na briga pela Libertadores, o São Paulo demonstra irritação com a obrigação de enfrentar o Santos na cidade de Mogi Mirim, no domingo, em compromisso válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Mas o vice de marketing do clube do Morumbi, Julio Casares, faz uma análise mais profunda sobre a situação e vê o caso como uma das provas de que o futebol pentacampeão ainda necessita de grande evolução no tratamento ao torcedor.
‘É muito ruim ter essa partida contra o Santos em Mogi Mirim, o estado precisava dar segurança para dois jogos na capital paulista. O nosso futebol ainda precisa de amadurecimento’, lastimou o dirigente, nesta terça-feira, em participação no Fórum Aberto dos Torcedores, no Museu do Futebol.
A partida no interior tem a intenção de evitar problemas de violência na capital paulista. No domingo, além do encontro San-São, a tabela do Campeonato Brasileiro prevê o clássico entre Corinthians e Palmeiras, no estádio do Pacaembu, em jogo que pode definir o título nacional em favor do Alvinegro de Parque São Jorge.
O problema de segurança também obrigou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) a modificar o local do clássico carioca entre Botafogo e Fluminense, que será realizado em Volta Redonda. Com isso, o encontro entre Vasco e Flamengo foi priorizado para ser disputado no Engenhão.
‘Ainda estamos vivendo uma transição para aquele torcedor que deseja melhorias, estacionamento, transporte, boa alimentação, nós andamos apenas 20% dessa caminhada’, definiu Julio Casares.
Para alcançar a Libertadores, o São Paulo necessita da vitória contra o Santos e uma grande combinação de resultados: tropeços de Coritiba, Internacional e Figueirense, que também terão clássicos regionais na despedida do Brasileirão.