A próxima etapa do Mundial-2012 é o Grande Prêmio da China, mas as atenções estão voltadas para o possível cancelamento da corrida no Bahrein. Em contraposição às criticas à realização da prova no país, envolvido uma delicada situação político-social, Salman bin Isa Al Khalifa, diretor executivo do Circuito do Sakhir, garante a disputa da prova.
‘Esse é o nosso oitavo ano recebendo a corrida. Está tudo pronto e no lugar. As coisas estão chegando diariamente, formulários precisam ser assinados, coisas normais. A estrutura do paddock está pronta, a tenda da Pirelli já está aqui, então está tudo definido. Estamos prontos e faltam apenas pequenos ajustes’, declarou.
Diante do clima de incerteza, as equipes já se prepararam para um possível cancelamento da corrida. De acordo com o jornal The Times, as equipes compraram duas passagens para usar depois da etapa da China, neste domingo: uma leva os funcionários ao Bahrein e a outra, de volta á Europa no caso de um eventual cancelamento.
Al Khalifa, por sua vez, diz manter contato constante com Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da Fórmula 1, e aposta na realização da corrida. Ele chegou a lembrar o cancelamento da edição do ano passado da etapa do Bahrein em função da falta de segurança no país.
‘Fomos os primeiros a levantar as nossas mãos em 2011 e dizer que a corrida não aconteceria e que tínhamos que nos focar na estabilização do país. A FIA e o Bernie nunca mostraram dúvida quanto à nossa corrida. Na verdade, desde novembro eles sempre disseram que a corrida seria realizada’, disse.
Os ingressos para o Grande Prêmio do Bahrein começaram a ser comercializados em fevereiro e, de acordo com Al Khalifa, a venda está ‘indo bem’. O autódromo tem capacidade para receber 34 mil pessoas e o diretor espera que 100 mil espectadores passem pelo circuito em todos os dias de atividade.
A pouco menos de suas semanas para a prova, pessoas ligadas ao mundo do automobilismo fazem campanha pelo cancelamento, como o ex-piloto britânico Damon Hill, campeão mundial em 1996. Questionado sobre as intensas críticas, Al Khalifa rebateu.
‘Eu vejo que há medo, mas gostaria apenas que essas pessoas escutassem aqueles que têm a informação, talvez não a gente, porque, como circuito, não somos reconhecidos como uma voz objetiva. Mas há outras pessoas, conhecedores da região e da situação, que estão falando que a corrida deve ser realizada’, encerrou.