Declínio precoce marca as carreiras do ‘quarteto mágico’
Há sete anos, Ronaldinho, Kaká, Robinho e Adriano prometiam formar uma das melhores seleções da história. Hoje, correm para não ficar no banco de reservas
Todos ainda têm alguns anos de carreira para voltar a brilhar, mas pouca gente acredita que qualquer um deles volte a exibir o mesmo futebol de antes
A dois anos da Copa do Mundo, a seleção brasileira sofre para conseguir engrenar – com uma safra escassa em jogadores talentosos, o time comandado por Mano Menezes está fora da lista das melhores equipes nacionais do planeta, muito atrás de países como Alemanha, Espanha, Holanda e Uruguai. Às vésperas de outro Mundial, o de 2006, o cenário era bem diferente. A um ano do torneio, o Brasil foi à Alemanha para jogar a Copa das Confederações, torneio que serve de ensaio geral para a Copa. A seleção foi campeã da competição, exibindo um futebol eficiente e vistoso, graças a um grupo de jovens talentos que parecia capaz de igualar os melhores times já formados no país. Na final, contra a arquirrival Argentina, uma goleada antológica: 4 a 1, com um show do quarteto formado por Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Robinho e Adriano. No ano seguinte, a seleção naufragou na Copa – e, desde então, os quatro craques que deram espetáculo contra os argentinos transformaram-se em decepções para a torcida.
O massacre de 2005
Nos 4 a 1 contra os argentinos, o quarteto de craques da seleção deu show – e aumentou a esperança pelo hexa na Copa, no ano seguinte
Por motivos variados – indisciplina, problemas físicos ou simplesmente escassez de bom futebol -, os jogadores que prometiam protagonizar uma nova fase de ouro da seleção agora estão juntos numa situação inusitada: todos enfrentam um declínio precoce. Mesmo em uma faixa etária em que os grandes atletas costumam atingir seu auge técnico, o quarteto de 2005 enfrenta uma fase difícil. Adriano, por exemplo, foi dispensado pelo Corinthians na segunda-feira, um dia depois de Ronaldinho ser expulso num clássico decisivo entre Flamengo e Fluminense. Robinho e Kaká seguem na Europa, e ainda defendem equipes poderosas. Não são, porém, os grandes astros de suas equipes, como se esperava – Robinho é apenas um bom coadjuvante no Milan, e Kaká briga para ser titular no Real Madrid. Todos ainda têm alguns anos de carreira para voltar a brilhar, mas pouca gente acredita que qualquer um deles volte a exibir o mesmo futebol dos tempos em que o Brasil tinha a melhor seleção do planeta. A seguir, os tropeços dos craques que prometiam brilhar pela seleção na década passada: