Poucos minutos depois de o técnico Luiz Felipe Scolari instaurar a lei do silêncio no Palmeiras, a alta cúpula do clube apareceu no gramado da Academia de Futebol para conversar com o treinador. O presidente Arnaldo Tirone e os vices eleitos Roberto Frizzo (de futebol) e Walter Munhoz (de finanças) falaram com o pentacampeão por 20 minutos.
Antes e depois da conversa, os dirigentes se recusaram a dar explicações sobre a mordaça implantada no Verdão. Tirone se negou terminantemente a dar declarações, enquanto Frizzo falou rapidamente.
‘É um momento de reflexão que nós precisamos. Quando vocês (jornalistas) precisam refletir, também ficam em silêncio’, declarou o homem-forte do departamento de futebol.
Frizzo ainda se mostrou irritado ao falar se sabia da decisão de Felipão com antecedência. ‘As decisões são tomadas em conjunto, não tem nada de secreto’, afirmou, antes de se dirigir à área restrita da Academia de Futebol.
Nesta terça-feira, por meio da assessoria do clube, Felipão informou que todas as entrevistas estão proibidas na semana. O próprio treinador não falará na sexta-feira, dia programado geralmente para suas explanações.
Portanto, a lei do silêncio seguirá até a noite de sábado, quando o Palmeiras enfrentará o América-MG, no Canindé, pelo Campeonato Brasileiro.