O Comitê de Ética da Fifa instaurou nesta quinta-feira processo contra 16 dirigentes caribenhos, que estariam envolvidos no caso de venda de votos para eleger Mohammed Bin Hammam à presidência da entidade que comanda o futebol, em votação realizada em 2011. Devido aos escândalos, o catariano desistiu da candidatura, e abriu caminho para que Joseph Blatter fosse reeleito.
Entre os investigados, Colin Klass, de Guiana, foi provisoriamente proibido de participar de qualquer atividade envolvendo o futebol. Os envolvidos teriam recebido 40 mil dólares para votar em Bin Hammam. Após estourar o escândalo de possível suborno, o ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol foi excluído permanentemente do esporte.
De acordo com a nota no site oficial da Fifa, ‘as investigações estão em andamento e, portanto, é possível que novos processos venham a ser abertos’.
Nesta quarta-feira, a entidade já havia suspendido Lisle Austin, de Barbados, por um ano, pois o dirigente entrou com uma ação na justiça comum, contra a decisão da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), que o destituiu do cargo de presidente da entidade.
Austin assumiu o cargo em maio, quando Jack Warner, então mandatário, renunciou ao cargo, por também estar envolvido na possível compra de votos. Lisle Austin foi afastado depois de tentar demitir Chuck Blazer, secretário-geral da confederação, que denunciara o envolvimento de dirigentes da Fifa no caso. Caso a ação não seja retirada, Austin pode ficar suspenso por mais tempo.
Confira o nome dos dirigentes que serão investigados:
David Hinds e Mark Bob Forde (Barbados)
Franka Pickering e Aubrey Liburd (Ilhas Virgens Britânicas)
David Frederick (Ilhas Cayman)
Osiris Guzmán e Félix Ledesma (República Dominicana)
Colin Klass e Noel Adonis (Guiana)
Yves Jean-Bart (Haiti)
Anthony Johnson (São Cristóvão e Névis)
Patrick Mathurin (Santa Lúcia)
Joseph Delves e Ian Hypolite (São Vicente e Granadines)
Richard Groden (Trinidad e Tobago)
Hillaren Frederick (Ilhas Virgens Americanas)