O Brasil voltou, neste sábado, a ter orgulho do basquete masculino. Adormecido desde a aposentadoria do ídolo Oscar Schmidt, a geração dos experientes Marcelinho Machado, Marcelinho Huertas, Guilherme Giovannoni e Alex conseguiu, no seu último respiro, interromper um jejum de 16 anos sem participação em Olimpíadas.
Empenhada e com personalidade, a Seleção derrotou a República Dominicana e assegurou a vaga via Pré-Olímpico continental, mesmo desfalcada de três dos seus jogadores da NBA: Nenê, Leandrinho e Anderson Varejão (apenas Tiago Splitter jogou). Antes, o time verde-amarelo também desbancou os ‘favoritos’ Porto Rico e Argentina no torneio sediado em Mar del Plata.
A última vez em que os atletas nacionais disputaram uma edição de Jogos foi em Atlanta-1996, já nos últimos anos da carreira de Oscar. Depois disso, a modalidade passou por graves crises – tanto dentro quanto fora das quadras – e amargou um duradouro período de vacas magras.
Em 2011, no entanto, sob a batuta do técnico argentino Rubén Magnano, a mesma geração que foi alvo de críticas fez bonito e recolocou o Brasil nos Jogos.
Após subir o primeiro degrau, a equipe verde-amarela tem o objetivo de resgatar a relevante tradição nacional no esporte. Através da bola laranja, o Brasil conquistou três bronzes olímpicos (em Londres-1948, Roma-1960 e Tóquio-1964).
Além disso, foi bicampeão em 1959 e 1963 e vice em 1954 e 1970. Sem contar o título pan-americano de 1987, em Indianápolis. Na ocasião, a seleção nacional (comandada pela dupla Marcel e Oscar) superou na decisão os anfitriões norte-americanos e, desde então, os inventores do esporte passaram a disputar as competições entre países com jogadores da NBA (até aquele ano, os Estados Unidos eram representados apenas por universitários).