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Barcelona dá aula de futebol, goleia Santos e se sagra bicampeão mundial

Yokohama, 18 dez (EFE).- Há uma grande diferença entre o Barcelona e os outros times mundo afora. Uma diferença que se traduz em experiência nos momentos decisivos, toques de bola refinados, dribles na medida certa, finalizações detalhistas e um entrosamento que beira a intimidade. Incontestável, o Barcelona foi neste domingo o melhor Barcelona que poderia […]

Por Da Redação
18 dez 2011, 09h53
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  • Yokohama, 18 dez (EFE).- Há uma grande diferença entre o Barcelona e os outros times mundo afora. Uma diferença que se traduz em experiência nos momentos decisivos, toques de bola refinados, dribles na medida certa, finalizações detalhistas e um entrosamento que beira a intimidade.

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    Incontestável, o Barcelona foi neste domingo o melhor Barcelona que poderia ser: uma versão infalível, como a dos jogos de videogame que Neymar tanto diz admirar. Botou o Santos na roda e venceu a final do Mundial de Clubes da Fifa por 4 a 0, com gols de Xavi, Fábregas e Messi, duas vezes. E poderia ter vencido por mais.

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    O time brasileiro provou em Yokohama o gosto ao qual, dentro da Espanha, se acostumaram Valencia, Sevilla, Mallorca, etc. Até o Real Madrid. É o mesmo sabor amargo experimentado na Europa por Manchester United, Milan e outros gigantes.

    O estilo do Barcelona é irresistível para os amantes do bom futebol, os mesmos que admiram o talento de Neymar e Ganso, e que também devem se render à categoria de Xavi, Iniesta e, acima de todos, Messi, o melhor jogador do mundo.

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    Como esperado, a equipe catalã começou a partida deste domingo impondo sua filosofia de jogo. O Santos, com uma mudança tática de última hora – o técnico Muricy Ramalho escalou o lateral Léo no lugar do meia Elano e pôs o time com três zagueiros -, teve muita dificuldade para roubar a bola e, quando o fez em condições de levar perigo ao gol de Victor Valdés, desperdiçou uma boa oportunidade.

    Foi aos sete minutos, quando Ganso armou contra-ataque e tocou para Borges na intermediária. O atacante deixou para Neymar, que ao invés de tocar para Danilo, que entrava livre na área pelo lado direito, preferiu tentar driblar dois marcadores e perdeu a bola.

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    Consistente, o time catalão não se assustou e manteve o domínio do jogo. Cinco minutos depois, quase abriu o marcador. Messi passou com facilidade pela defesa santista e chutou forte de fora da área. Rafael espalmou e, no rebote, Thiago Alcântara soltou uma bomba que o goleiro conseguiu defender.

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    Bem marcados, Neymar e Ganso tinham até então poucas chances. Quando a bola chegava a eles, sempre longe da área, eram rapidamente neutralizados. O mesmo valia para Borges, que não conseguia prender o jogo na frente, e Henrique e Arouca, que perdiam com folga o duelo com Xavi e Iniesta no meio.

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    Do outro lado do campo, Messi parecia à vontade. Infernizava a frágil zaga santista com suas arrancadas e movimentação sem a bola. Parecia inevitável o Barcelona abrir o placar. E assim aconteceu. Aos 16 minutos, o craque argentino escapou de Durval e recebeu passe de Xavi dentro da área. Na sequência, deu um leve toque com muita categoria e frieza por cima de Rafael. Barcelona 1 a 0, e pelo que jogava, era pouco.

    Para levar justiça ao placar, Xavi entrou livre pela meia-lua, recebeu cruzamento de Daniel Alves, cortou Bruno Rodrigo e chutou por baixo de Rafael, da marca do pênalti. Mas os 2 a 0 ainda não eram suficientes para matar a fome de gols do time muito bem dirigido por Josep Guardiola. O técnico que, ao contrário do que disse seu adversário de hoje, Muricy Ramalho, merece sim nota 10.

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    Sem tirar o pé do acelerador, o Barcelona continuava a levar ampla vantagem sobre a defesa do Santos. Aos 28 minutos, ela parou pedindo impedimento não marcado pelo árbitro uzbeque Ravhan Irmatov e viu o meia Fábregas, sozinho, chutar na trave.

    Com dores nas costas, Danilo precisou ser substituído, e o técnico santista pôs Elano em campo, para tentar reforçar o meio de campo.

    De nada adiantou. Aos 44 não houve impedimento, falha individual, trave ou mesmo a ótima atuação do goleiro Rafael que salvasse os comandados de Muricy de sofrer mais um gol. Daniel Alves tocou para Messi, que devolveu de calcanhar, e o brasileiro cruzou para Thiago Alcântara. O filho de Mazinho cabeceou forte e Rafael espalmou. No rebote, Fábregas escorou no canto, fazendo 3 a 0 a favor da equipe que terminou o primeiro tempo com 73% de posse de bola.

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    Depois do intervalo, o panorama mudou pouco. o melhor time do planeta seguia criando oportunidades, mas parecia mais disposto a administrar o resultado. Com isso, o Santos ensaiou ameaçar, mas com Neymar pouco inspirado e Ganso apagado, a reação não aconteceu.

    Aos 34 minutos, o Barcelona acertou a trave pela segunda vez na partida com Daniel Alves. E três minutos depois o lateral contribuiu para sua equipe sentenciar o marcador ao tabelar na área com Messi, que marcou mais um belo gol ao driblar Rafael e empurrar a bola para o fundo da rede.

    Merecidamente, o time azul-grená sagrou-se campeão mundial pela segunda vez em sua história quando Irmatov apitou fim de jogo com apenas um minuto de acréscimo. Com seu futebol exuberante, coloca seu nome na história do futebol mundial. Se foi melhor ou pior que o Brasil de 1958, 1970 ou 1982, o Flamengo de 1981 ou outros grandes esquadrões, pouco importa. O que vale é que enche os olhos de quem o assiste.

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    Ficha técnica:.

    Santos: Rafael; Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Danilo (Elano), Henrique, Arouca, Ganso (Ibson) e Léo; Neymar e Borges (Alan Kardec). Técnico: Muricy Ramalho.

    Barcelona: Victor Valdés; Daniel Alves. Puyol (Fontàs), Piqué (Mascherano) e Abidal; Busquets, Xavi, Iniesta e Thiago Alcântara (Pedro); Fábregas e Messi. Técnico: Josep Guardiola.

    Árbitro: Ravhan Irmatov, do Uzbequistão, auxiliado por seus compatriotas Abdukhamidullo Rasulov e Bakhadyr Kochkarov.

    Gols: Messi (2), Xavi e Iniesta.

    Cartões amarelos: Edu Dracena e Ganso (Santos); Piqué e Mascherano (Barcelona). EFE

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