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Artista é proibida de cantar hino na NBA por protesto em camisa

Cantora Sevyn Streeter usava uma regata com a frase "We Matter" em alusão ao movimento Black Lives Matter contra o racismo nos EUA

Por Da redação
28 out 2016, 16h05

Um novo protesto contra a violência policial aos negros nos Estados Unidos vem causando controvérsias, agora no noticiário esportivo do país. A cantora americana Sevyn Streeter foi proibida pelo Philadelphia 76ers de cantar o hino nacional americano, na abertura da temporada da NBA, por usar uma camisa preta com a estampa “We Matter” (“Nos importamos”, em tradução livre), frase que faz referência ao movimento ativista contra o racismo Black Lives Matter (Vidas de Negros Importam).

A artista, conhecida por parcerias com astros da música pop como Chris Brown e Ariana Grande, disse em entrevista à agência Associated Press (AP) que logo antes de se apresentar foi barrada de entrar na quadra: “Dois minutos antes de entrar a organização me disse que não poderia usar a camisa cantando o hino nacional. Eles nunca me disseram que tinha um código sobre o que vestir nem consultaram minha roupa antes”.

Em um comunicado divulgado à imprensa, os 76ers não deixaram claro o porquê da retirada de Streeter da programação. Contraditoriamente, a equipe da Conferência Leste da NBA declarou apoio ao movimento anti-racismo mesmo proibindo a cantora de fazer alusão aos protestos: “Nós encorajamos ações significativas para mudar o quadro social. Nós usamos os jogos para aproximar as pessoas, construir confiança e fortalecer nossas comunidades”.

De acordo com a CBS, o contrato que Sevyn Streeter assinou com o 76ers dizia que não seria permitido fazer qualquer tipo de manifestação política. No entanto, o advogado americano Simon Rosen, especializado no assunto, disse à emissora que é incabível a proibição, mesmo com a existência dessa cláusula no acordo. Ele afirma que a mensagem na camiseta não é clara e não poderia ser interpretada apenas com o viés de protesto político.

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Ainda em entrevista à AP, ela mostrou total decepção diante do ocorrido. “Eu fiquei extremamente furiosa e desapontada com o que ocorreu. Isso, honestamente, me fez chorar. Estava muito ansiosa para cantar o hino”, revelou a cantora de 30 anos. Logo depois de ser impedida de cantar o hino, Streeter postou um vídeo no Instagram – ainda vestindo a camisa da discórdia –  indignada com o cancelamento da performance.

https://www.instagram.com/p/BMC7OxYAV-3/?taken-by=sevyn

Hino dos EUA x protestos  – De agosto para setembro, ocorreram as primeiras controvérsias acerca do hino nacional americano e o movimento contra o racismo. O quarterback Colin Kaepernick, do San Francisco 49ers, se ajoelhou durante o hino nacional americano antes de uma partida, como forma de protesto às mortes de negros por policiais. O gesto trouxe adeptos de vários outros esportes, inclusive na NBA. Jogadores como Stephen Curry, Dwyane Wade e Carmelo Anthony declararam apoio à manifestação de Kaepernick. Até o presidente Barack Obama mostrou-se à favor ao gesto, ao contrário do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.

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